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Bento XVI descansa antes de sua viagem ao México e Cuba

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Bento XVI se prepara para a viagem que começa na próxima sexta-feira

Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 21-03-2012, Gaudium Press) Para dedicar mais tempo à preparação de sua viagem ao México e Cuba que tem início na próxima sexta-feira, o Papa Bento XVI cancelou todos seus compromissos para esta semana, inclusive a Audiência Geral desta quarta-feira.

Aos 84 anos, vai percorrer o equivalente a meia volta ao mundo na visita a mais de 100 milhões de católicos, nos dois países latino-americanos, num programa que prevê dez intervenções públicas, entre discursos, homilias e saudações.

O anúncio da 23ª viagem de Bento XVI ao estrangeiro foi feito pelo próprio Papa, no Vaticano, durante a homilia da missa para a América Latina, a 12 de dezembro do último ano, por ocasião das comemorações do bicentenário da independência dos países da região, festejadas entre 2010 a 2014, com exceção do Peru e do Brasil (2020-2022).

A intervenção de Bento XVI antecipou vários temas que devem constar da sua agenda: o patrimônio cristão dos latino-americanos (mais de 49% do total dos católicos de todo o mundo), a defesa da vida e da família, a reconciliação entre as populações, a pobreza e o combate à criminalidade e ao narcotráfico. Esta é a primeira vez que o atual Papa visita países de língua hispânica na América Latina e a sua terceira viagem ao continente americano, após a viagem ao Brasil (2007) e aos EUA (2008).

Segundo o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone, Bento XVI vai levar consigo apelos contra a violência e a favor da vida e da família, na América Latina. “A família, como união entre homem e mulher, o matrimónio como união entre homem segundo o projeto primordial do Criador é um projeto de validade natural e, por isso, universal, tutelado pelas grandes religiões do mundo”.

O Cardeal Bertone falou também da tutela da vida, o não matar nem sequer no seio materno. “O ‘não matar’ tem, no México, um eco muito doloroso, certamente, porque infelizmente os assassinatos estão na ordem do dia, são factos quotidianos dolorosíssimos”.

Para o prelado, “a primeira missão da Igreja é educar as consciências, algo que não tem um caráter puramente político, mas pesa sobre a política.

O cardeal Bertone destaca ainda a evolução positiva das relações diplomáticas entre a Santa Sé e o México, no 20º aniversário do seu restabelecimento, e a discussão de uma lei sobre a liberdade religiosa neste país, falando num direito basilar, fundamental. (LB)

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