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Escultor japonês narra sua conversão católica a jovens universitários em Roma

Roma (Quarta-feira, 11-04-2012, Gaudium Press) O escultor japonês Etsuro Sotoo explicou aos jovens presentes no Encontro Internacional de Estudantes Universitários (UNIV), em Roma, como encontrou Deus através da beleza e da arquitetura.

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Escultor megulhou na fé de Gaudí para tentar entendê-lo melhor

O artista, encarregado dos desenhos e da construção do Templo Expiatório da Sagrada Família, em Barcelona, Espanha, contou como, ao aprofundar-se no pensamento do Servo de Deus Antoni Gaudí para poder executar sua obra, conheceu o verdadeiro sentido do trabalho do artista espanhol e a verdadeira beleza. “Meu nome é Etsuro, que significa “homem feliz”, e se cumpriu: a verdadeira felicidade é a do agora, ao encontrar a fé”, afirmou o escultor, orgulhosamente.

Na conferência intitulada “Nas pegadas de Gaudí”, Sotoo compartilhou com os estudantes o caminho de sua conversão. “A princípio, estudava muito as palavras de Gaudí, as maquetes de Gaudí, mas chegou um momento em que tinha que realizar um projeto que nem sequer Gaudí havia imaginado nem projetado”.

O artista japonês decidiu tratar de compreender a perspectiva do arquiteto espanhol. “Intentei imaginar para onde olhava Gaudí. Por isso tenho que estar onde estava Gaudí, e onde estava Gaudí? Gaudí estava no mundo da fé. Portanto, para mim era natural que quisera entrar neste mundo da fé, para conhecer mais, ou para poder realizar o trabalho encarregado”.

O descobrimento da fé católica, partindo do pensamento do Servo de Deus, supriu plenamente todas as expectativas do artista. “A partir desse momento mudou totalmente a minha vida. Entendi todas as palavras, ainda que não perfeitamente, como a água límpida que eu desejava”, afirmou Sotoo.

A conversão também levou o escultor a compreender a profundidade espiritual que Antoni Gaudí via na vocação artística. O artista japonês refletiu sobre uma conhecida frase do Servo de Deus. “A arte é o resplendor da luz da Verdade: sem Verdade não há arte”.

As conclusões desta reflexão mudaram a maneira do escultor entender sua atividade. “Sou simplesmente um homem que trabalha com pedras, mas busco a arte”, afirmou Sotoo. “Encontrar a verdade é muito difícil, nem sempre se consegue. Portanto, meu pensamento é que não existe o ofício de artista. Somente quem busca a arte, a arte como resplendor da luz da verdade, seja, talvez, a pessoa que mais se aproxima de um artista”.

O Servo de Deus e reconhecido arquiteto catalão, Antoni Gaudí, dedicou os 11 últimos anos de sua vida à construção do Templo Expiatório da Sagrada Família, a qual chamava carinhosamente de “a Catedral dos Pobres”. Vivia com notável simplicidade e austeridade, ao ponto de ser tragicamente confundido com um mendigo no acidente de trânsito que lhe causou a morte.

 

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