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A oração é a força de unidade para a Igreja nos tempos de provação, disse o Papa

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Santo Padre saúda fiéis presentes na audiência de hoje na praça de São Pedro
Foto: Rádio Vaticano 

Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 18-04-2012, Gaudium Press) “Assim como a primeira comunidade cristã, nós também, deixando-nos iluminar pela Palavra de Deus, através da meditação sobre a Sagrada Escritura, podemos aprender a ver que Deus está presente na nossa vida, mesmo nos momentos difíceis, e que tudo, mesmo as coisas incompreensíveis, faz parte de um desígnio superior de amor no qual a vitória final sobre o mal, sobre o pecado e sobre a morte é realmente a do bem, da graça, da vida, de Deus”, observou o Santo Padre no fim da audiência geral desta manhã, dirigida a 22 mil participantes presentes na Praça São Pedro.

Continuando o tema da oração, Bento XVI deteve-se na oração do “pequeno Pentecostes”, isto é, a primeira comunidade cristã nascente reunida em torno de Pedro e João nos momentos das primeiras provações, narrada nos Atos dos Apóstolos.

Os Apóstolos Pedro e João foram presos por anunciar a ressurreição de Jesus a todo o povo. Nestes momentos difíceis, os primeiros cristãos permanecerem em oração. Esta situação é uma lição para os cristãos de hoje de como enfrentar os momentos de provações.

“Diante do perigo – observou o Papa – das dificuldades e ameaças, a primeira comunidade cristã, não tenta elaborar estratégias para se defender, mas se coloca em contato com Deus na oração”. Aliás, reza unida diante de uma “perseguição sofrida por causa de Jesus”. Isso é salientado por São Lucas nos Atos dos Apóstolos com a palavra grega “homothumadon”, “todos juntos”.

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A praça de São Pedro acolheu grande número de fiéis na audiência de hoje.
Foto: Rádio Vaticano
 

É um exemplo o fato de que quando iniciam as perseguições, “a comunidade não se assusta nem se divide, mas permanece profundamente unida na oração, como uma só pessoa, para invocar o Senhor. (…) a unidade se consolida, em vez de estar comprometida, porque é sustentada por uma oração inabalável. A Igreja não deve temer as perseguições que na sua história é obrigada a sofrer, mas confiar sempre, como Jesus no Getsêmani, na presença, na ajuda e na força de Deus, invocado na oração”.

A comunidade recitou o Salmo 2 que “se refere profeticamente à vinda do Messias, contra qual nada poderão fazer a rebelião, a perseguição, o abuso de poder dos homens”. E o faz não “indefesa”, mas com a invocação de “poder proclamar com “parresia” – diz o texto grego – isto é, com franqueza, com liberdade, com coragem, a Palavra de Deus”.

Aqui “encontra-se também o sentido da experiência de perseguição que a primeira comunidade cristã está vivendo”, porque ela “não é uma simples associação”, mas “uma comunidade que vive em Cristo”.

É o fruto desta oração que “a comunidade cristã eleva a Deus: a efusão do Espírito Santo, dom do Ressuscitado que sustenta e guia o anúncio livre e corajoso da Palavra de Deus, que impulsiona os discípulos do Senhor a sairem sem medo para levar a boa nova até os confins do mundo”.

A audiência geral desta manhã coincidiu com dois aniversários do Papa, na segunda-feira passada o pontífice fez 85 anos e amanhã festejará sete anos de sua eleição. Por isso, estava presente na Praça São Pedro uma banda alemã das paróquias Waging, Surberg, st. Leonhard e Otting, que tocou “Parabéns a você” e as pessoas na Praça responderam cantando.

Em italiano, no fim da audiência, o Papa pediu que rezassem por ele: “para que, com a ajuda do Espírito Santo, possa perseverar no meu serviço a Cristo e à Igreja”. (AA)

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