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Na arte, forma física e conteúdos não são indiferentes, observa o Cardeal Cañizares

Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 25-05-2012, Gaudium Press) “Lá onde se encontram o santo e o crene, a beleza é o fulgor da graça”, afirma no prefácio o Cardeal Antonio Cañizares Llovera, prefeito da Congregação para o Culto Divino, “Discursos sobre a arte sacra”, último livro de Rodolfo Papa, pintor, escultou e histórico da arte italiano, também autor de vários livros. “Forma física e conteúdo não são indiferentes: mesmo que nenhuma forma consiga esgotar o conteúdo são dois elementos muito unidos”, observou o purpurado. Ontem na Pontifícia Universidade de Santa Cruz aconteceu a apresentação.

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Rodolfo Papa

“Um artista católico é substancialmente uma testemunha que representa aquilo que viu com os olhos da fé, mas também com aqueles do corpo”, disse o autor do livro. O volume é dividido em sete capítulos-discursos: sobre as artes, sobre o estilo, sobre o sistema da arte, sobre a luz, sobre as imagens e sobre o corpo, sobre a beleza, e sobre a arte sacra. Recolhe os frutos de vinte anos de reflexão e estudos no aspecto teorético, histórico e teológico sobre a arte sacra na busca da verdade e da beleza. O autor raciocina sobre as várias impostações críticas e historiográficas, aborda a questão propriamente estética e filosófica, para entrar depois no âmbito da tradição cristã, da teologia e do Magistério da Igreja.

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Cardeal Antonio Cañizares Llovera

No livro, o artista Rodolfo Papa parte da consciência que a crise da arte é um “sintoma da crise existencial da pessoa”, aborda a questão da fundação da arte e da sua identidade, notando a especificidade da arte sacra. As análises em modo particular são baseadas na Constituição sobre a Divina Liturgia “Sacrosanctum Concilium” do Concílio Vaticano II. no capítulo VII o autor fala sobre a universidade, beleza, narratividade, figuratividade da arte sacra e sobre os “sãos prinicípios sobre os quais devem se fundamentar as obras de arte sacra” desejados pelo Concílio.

“Compreende-se – observa o cardeal Cañizares no prefácio – a afirmação reiterada pelos últimos Papas – de Paulo VI a Bento XVI – da ncessidade desta amizade, que é a unidade e absoluta mútua reciprocidade, e o apelo a exprimir na obra artística o binômio fé-arte, como realiza tanto esplendidamentes o autor deste livro. A partir desta visão da arte em geral, e da arte sacara em particular, compreende-se o caráter de perenidade da arte, a sua natureza não efêmera, o seu valor universal que vai além da circunstância da época ou do gosto do momento, ou dos afãs consumistas, compreende-se a sua dimensão religiosa e a mesma implicação do artista, e da totalidade da sua pessoa, na obra da sua arte, principalmente quando se trata de arte sacra, ou seja, de arte para a liturgia, seja música, pintura, escultura ou arquitetura, que não podem eximir-se de exprimir a iniciativa assim como na realidade da criação”.

O volume foi publicado em italiano pela “Edições Cantagalli”. (AA)

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