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A oração é a respiração da alma, oásis de paz na nossa vida, afirma o Papa

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Por volta de oito mil peregrinos estiveram presentes na Audiência Geral desta quarta-feira

Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 13-06-2012, Gaudium Press) “A contemplação de Cristo na nossa vida não nos afasta da realidade, mas nos torna ainda mais partícipes dos casos humanos, porque o Senhor, atraindo-nos a si na oração, nos permite estar presentes e próximos a todos os irmãos no seu amor”, observou hoje de manhã o Santo Padre no ciclo sobre a oração nas Epístolas de São Paulo.

Na catequese dirigida na Sala Paulo VI na presença de 8 mil pessoas, falou do capítulo 12 da Segunda Epístola aos Coríntios, para refletir sobre a importância da relação profunda de confiança com Deus.

Encontro com o Senhor

“O encontro cotidiano com o Senhor e a frequência nos Sacramentos – observou o Papa no início – permitem abrir a nossa mente e o nosso coração para a sua presença, para as suas palavras, para a sua ação”. É a vontade de Deus que “nos atrai para si, nos faz subir o monte da santidade, porque estamos cada vez mais perto d’Ele, oferecendo-nos durante o caminho luz e consolações”.

Sobre aquela relação perto de Deus, através de um testemunho São Paulo que explica a legitimidade de seu apostolado com uma intensa relação com Deus, em vez de dar as estatísticas. Com esta atitude, observa o Papa, ele nos ensina que ser realmente apóstolo do Evangelho significa louvar a potência de Deus em nós, salientando as nossas fraquezas. “Seu comportamento faz compreender que toda dificuldade na sucessão de acontecimentos de Cristo no testemunho de seu Evangelho pode ser superado abrindo-se com confiança para a ação do Senhor”.

Catequese

Na catequese do dia o Santo Padre aprofundou também o significado e a definição da oração. “Ela não é somente a respiração da alma”, mas “também oásis de paz no qual podemos extrair a água que alimenta a nossa vida espiritual e transforma a nossa existência”. Em seguida Bento XVI recordou os elementos importantes da oração: “a constância” e “a fidelidade da relação com Deus” que é fundamental, “principalmente nas situações de aridez, de dificuldade, de sofrimento, de aparente ausência de Deus”. O Santo Padre naquele contexto afirmou que “somente a fé, o confiar na ação de Deus é a garantia de não trabalhar em vão”.

São Paulo com o uso da palavra grega “episkenoo”, que “poderíamos transformar em “colocar a própria barraca””, observou o Papa, quer nos lembrar que “o Senhor continua a colocar sua barraca em nós, no meio de nós”. Bento XVI observou também que a contemplação do Senhor “é ao mesmo tempo, fascinante e tremenda”. O fascínio chega da experiência de sermos atraídos para o alto pela sua beleza e amor. De outro lado é tremenda “porque mostra a nossa fraqueza humana, a nossa inadequação, a fadiga de vencer o Maligno que se instala na nossa vida, aquele espinho cravado na nossa carne”.

O Papa salientou também a importância de se entregar à força de Deus para prosseguir nos nossos compromissos. Porque “em um mundo no qual corremos o risco de confiar somente na eficiência e na potência dos meios humanos, neste mundo somos chamados a redescobrir e testemunhar a potência da oração, com a qual crescemos todos os dias em conformar a nossa vida àquela de Cristo”, observou.

No fim da audiência geral, nas saudações dirigidas em várias línguas, o Santo Padre convidou, falando em espanhol, os peregrinos a “dedicar mais tempo à oração, para que nossa vida seja transformada e animada pela força concreta do amor de Deus, e assim afrontar cada adversidade, convencidos de que tudo podemos Naquele que nos conforta”. (AA/JS)

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