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Sistema de saúde precário e automedicação “turbinaram” surto da nova gripe no México

Madri (Segunda, 04-05-2009, Gaudium Press) De acordo com o diário espanhol “El País”, a trágica combinação responsável pelo surto da nova gripe – também conhecida como gripe suína – no Mèxico envolve um sistema de saúde precário e uma população pobre acostumada a se automedicar.

Embora o governo mexicano não informe a identidade das vítimas fatais desta gripe, os inspetores da OMS (Organização Mundial de Saúde) foram aos locais onde ocorreram os óbitos e perceberam que os mortos são, em sua grande maioria, das classes mais pobres.

O jornal espanhol informa que os mexicanos mais pobres têm o costume de não ir ao médico quando se sentem mal – coisa que somente fazem isso quando a situação é mais grave, já que o serviço público do México é ruim e o privado custa muito caro. “Ir ao médico – salvo para as classes ricas que dispõem de seguro médico e hospitais de luxo – supõe quase sempre uma perda considerável de tempo e de dinheiro”, diz o “El País”.

Além do recente desenvolvimento econômico não ter sido uniforme, fazendo com que 40% da população “viva na pobreza absoluta”, o sistema público de saúde não é capaz de resolver o problema, ainda de acordo com o jornal.

Segundo relatos dos próprios médicos, os hospitais públicos possuem alta tecnologia e recursos para combater o surto, mas não na amplitude de hoje.

“Os medicamentos no México são mais caros que na Europa e que na maioria dos países vizinhos, mas possuem uma ‘vantagem’: são vendidos sem receita em qualquer esquina. Há redes de farmácias abertas a qualquer hora. E dispõem de tudo. De tranquilizantes a Viagra”, diz o jornal, afirmando que a população em geral recorre a remédios sem prescrição médica, mesmo sem saber se estão ou não com a gripe.

 

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