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Dom Fisichella faz apelo para que cristãos saiam de suas comunidades e levem o Evangelho a todo homem

Cidade do Vaticano (Terça-feira, 31-07-2012, Gaudium Press) Participando do 1º Congresso Nacional sobre a Nova Evangelização, que acontece em Kostrzyn, na Polônia, desde o último sábado, 28, o presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, Dom Rino Fisichella, fez um apelo aos cristãos, para que saiam de suas comunidades e levem o Evangelho a todo homem.

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Para Dom Fisichella, a Igreja não deve esquecer que o conteúdo de seu anúncio é sempre Jesus Cristo

Em entrevista concedida à Radio Vaticano, Dom Fisichella, falou sobre a nova evangelização, afirmando que ela tem como tarefa específica “reavivar naqueles que já são cristãos e batizados a consciência de ser evangelizadores”. Segundo o prelado, somente a partir daí, será possível alcançar também as pessoas que se dizem cristãs, mas que se tornaram indiferentes, “ou as pessoas que não mais participam da vida da comunidade cristã, ou das pessoas que ainda não conheceram Jesus Cristo”.

O presidente do Pontifício Conselho ponderou também que neste mundo atual, de profunda crise, talvez os cristãos se sintam impelidos a fincarem raízes nos seios de suas Igrejas e e comunidades e lá permancerem seguros. Contudo, segundo o prelado, isto significaria tornar vão o evento do Pentecostes. “O Pentecostes obriga os cristãos a se fazerem presentes no mundo e, portanto, a se fazerem presentes onde o homem vive, para poder levar o Evangelho a todo homem”, declarou.

Neste sentido, destacou Dom Fisichella o anúncio nunca deve ser privado, mas universal, e deve contar com a presença na sociedade. Mas para atingir o maior número de pessoas, ainda mais no mundo contemporâneo, será necessário modificar a linguagem do evangelho? Segundo o prelado, há sim a necessidade de falar a linguagem dos nosso contemporâneos, mas sem se esquecer que o conteúdo do anúncio é sempre o mesmo: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e sempre. Não muda”, declarou.

Conforme o presidente do dicastério, foi a sociedade que mudou o seu modo de conceber a vida e não a Igreja que modificou o teor de sua mensagem. “Então, nós devemos ser capazes de entrar na cultura secularizada, de fazer compreender também os limites de uma cultura secularizada. Viver no mundo como se Deus não existisse, não somente não levou a uma riqueza da cultura, mas empobreceu o homem porque o homem, hoje, está profundamente em crise”, destacou.

Concluindo sua entrevista, Dom Fisichella expressou sua expectativa em relação aos esforços desenvolvidos pela Igreja Católica em favor da nova evangelização. “Espero que um dos primeiros frutos seja entender a exigência da unidade na obra de evangelização, no respeito pela complementaridade. Devemos reencontrar uma profunda unidade na consciência, consciente da urgência da nova evangelização, mas devemos ser capazes de reconhecer que as várias experiências são todas muito importantes, mas são como afluentes que devem confluir todos para o mesmo rio”, afirmou.

 

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