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Cardeal Mauro Piacenza envia Mensagem a sacerdotes do Equador

Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 10-08-2012, Gaudium Press) Viver a vocação sacerdotal como uma escolha de seguimento radical de Cristo, sabendo que tal escolha é um compromisso total e definitivo da própria vida com Ele e com o anúncio fiel da Sua Palavra.

Essa é o pensamento da exortação contida na mensagem que o Prefeito da Congregação para o Clero, Cardeal Mauro Piacenza, enviou aos sacerdotes diocesanos do Equador, reunidos até esta quinta-feira (10) em Quito, em seu V Encontro nacional.

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Cardeal Mauro Piacenza

“O Senhor os chama para serem pastores e é essencial não esquecer que ser investidos dessa grande responsabilidade não depende do mérito individual”, porque “trata-se de um dom absolutamente gratuito, a ser vivido na pessoa do verdadeiro e único Pastor que é Cristo, o qual nos ama e nos pede que o imitemos.”

Entre as funções fundamentais do sacerdócio ministerial a mensagem recorda o exercício fiel do munus sanctificandi mediante a celebração dos Sacramentos.

Trata-se, ressalta, de uma função que “deve empregar, quase consumir, as nossas melhores energias apostólicas”.

Essa função “não é absolutamente alheia à missão”, porque “a obra salvífica de Deus se realiza justamente mediante a santificação do Seu povo”, uma verdade “muitas vezes erroneamente subestimada” hoje.

Não menos importante, afirma o Cardeal, é o Ministério da Palavra, que é uma parte do munus docendi recebido pelo Espírito Santo com o Sacramento da Ordem. “A nova evangelização – afirma ele – convida todos a um compromisso sempre renovado no apostolado e no anúncio.”

Nesse sentido, o mandato do Senhor aos Apóstolos é explícito e inequívoco: “Ide pelo mundo inteiro e pregai o Evangelho a toda criatura” (Mt 16, 15-16).

Dom Piacenza lembra em sua mensagem outro compromisso fundamental assumido pelo sacerdote: a fidelidade ao seu bispo. Embora não vinculado por um voto solene de obediência, o sacerdote ordenado pronuncia a ‘promessa’ de ‘filial respeito e obediência’ para com o seu ordinário e aos seus sucessores.”

Numa época como a nossa marcada pelo relativismo e por vários liberalismos, essa promessa de fidelidade parece cada vez mais incompreensível para a mentalidade hoje dominante, que a vê “como uma diminutio da dignidade e da liberdade humana, como um anacronismo típico de uma sociedade incapaz de uma autêntica emancipação”, observa o prefeito da Congregação para o Clero.

Mas, “nós que vivemos a obediência autêntica, sabemos que não é assim: a obediência na Igreja jamais é contrária à dignidade e ao respeito pela pessoa, jamais deve ser considerada como uma subtração de responsabilidade ou uma alienação”. Pelo contrário, conclui o purpurado, ela significa “poder permanecer na verdade que é Cristo, presente e atuante em seu corpo vivo que é a Igreja”. (JSG)

Com informações da Rádio Vaticana

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