Jesus é o grão de trigo semeado nos sulcos da história, é a primícia da nova humanidade, observa o Papa no Ângelus

Gandolfo Gandolfo (Segunda-feira, 20-08-2012, Gaudium Press) O tema da Eucaristia no comentário do Evangelho dos domingos tem sido o centro das reflexões do Papa, antes do Ângelus no mês de agosto.

Ontem, no Palácio de Castel Gandolfo, falando sobre o sentido da multiplicação dos pães de Jesus, o Santo Padre afirmou que o Senhor é um “grão de trigo semeado nos sulcos da história”.

Na explicação das palavras de Jesus na sinagoga de Cafarnaum, Bento XVI ensinou que o milagre da multiplicação dos pães tinha o objetivo de “desiludir a multidão” e “provocar uma decisão em seus discípulos”. A imagem do pão convidava a “acolhê-lo com fé, não escandalizando-se de sua humanidade”.

Jesus, disse o Papa, sabe que seu sermão “não é feito para suscitar consensos”, mas “pronuncia-o intencionalmente”. O “momento crítico” torna-se “uma virada em sua vida pública”. O Senhor com aquele discurso “aplaca os entusiasmos e provoca muitos dissensos”. Sua mensagem é “oferecer a própria vida” como “sacrifício de amor”.

“Por isso – continuou o Santo Padre – Jesus instituirá na Última Ceia o Sacramento da Eucaristia: para que seus discípulos possam ter em si mesmos a sua caridade – isto é decisivo – e como um único corpo unido a Ele, prolongar no mundo o seu mistério de salvação”.

No final da reflexão, o Papa disse que Jesus é “o grão de trigo semeado nos sulcos da história, é a primícia da nova humanidade, libertada da corrução do pecado e da morte”.

Vida divina

O tradicional encontro dominical do Papa com os fiéis foi concluído com as saudações em várias línguas. Dirigindo-se em modo particular aos peregrinos presentes ‘oficiais e cadetes do navio escola “Gloria”, da Colômbia’, o Papa afirmou em espanhol que: “O Evangelho deste domingo nos convida a participar da vidad divina através do sacramento da Eucaristia: o banquete que Cristo preparou e no qual nos oferece como alimento seu corpo e seu sangue por nossa salvação. Acerquemo-nos com fé e alegria deste mistério e saciemos nossa alma com o pão ds imortaliade”.(AA/JS)