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A falsidade é a marca do diabo, é a fé que abre ao conhecimento de Deus, recorda Papa no Ângelus

Castel Gandolfo (Segunda-feira, 27-08-2012, Gaudium Press) Ainda no clima de verão na Europa e a poucas semanas antes da abertura do Ano da Fé, o Santo Padre faz reflexões sobre o que significa crer no Senhor.

Ontem no Ângelus, em Castel Gandolfo, comentando o trecho do Evangelho do dia, observou que para entender Deus e a Eucaristia, é necessário ter a fé, como São Pedro, que não deixou o Senhor como os outros fizeram, mas declarou “Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna”.

O contrário disso fez Judas, que, como era falso, “permaneceu não por fé, não por amor, mas com o propósito secreto de se vingar do Mestre”.

290712 - Castelgandolfo. Bento XVI lembra que falta menos de um ano para a JMJ Rio 2013.jpg
A culpa mais grave de Judas foi a falsidade, afirmou o Santo Padre

Os breves comentários semanais do Evangelho, no Ângelus, são ocasião para os fiéis conhecerem o grande pensamento teológico de Bento XVI. Em poucas palavras oferece um denso e profundo sentido teológico, como fez ontem explicando a maldade do agir e do coração de Judas.

Antes, falando sobre a figura de São Pedro e sua profissão de fé, Bento XVI citou as palavras de Santo Agostinho – cuja memória litúrgica será celebrada amanhã, 28 – sobre a ligação entre crer e conhecer. A fé é anterior ao conhecimento, e é a fé que ajuda a conhecer a realidade Deus, por isso mesmo que as palavras de Jesus para muitos fossem “neste momento dificilmente aceitáveis, compreensíveis”, Pedro acreditou nelas e tinha certeza que eram “palavras de vida eterna”.

O Santo Padre na reflexão comentou também sobre a figura de Judas, completamente oposta àquela de Pedro. Ele perdeu a própria vida pela falta de fé e pela falsidade da própria atitude. Não deixou o Senhor como os outros porque não era “honesto”. Sendo um zelota, “se sentia traído por Jesus” e “desiludido” porque Jesus não era “um Messias vencedor”.

“O problema – concluiu o Santo Padre em sua reflexão – é que Judas não foi embora, e sua culpa mais grave foi a falsidade, que é a marca do diabo. Por isso Jesus disse aos Doze: «Um de vós é um diabo!» (Jo 6,70). Rezemos à Virgem Maria, para que nos ajude a crer em Jesus, como São Pedro e para sermos sempre sinceros com Ele e com todos”.

Na saudação em língua espanhola, o Santo Padre reafirmou aos fiéis o convite do Evangelho de “servir ao verdadeiro Deus ou aos falsos ídolos”, encorajando a “proclamar com valentia a opção incondicional por Aquele que tem palavras de vida eterna, Jesucristo, o Santo de Deus. Ele não nos deixará e seguirá operando maravilhas, guiando nos à Terra Prometida, a Vida Eterna. (AA/JS)

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