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Bento XVI recomenda aos africanos um forte não à mentalidade relativista e niilista

Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 05-09-2012, Gaudium Press) Um forte não à “obscura mentalidade relativista e niilista” é o que pede o Santo Padre,aconselha na Mensagem aos participantes do “Congresso Panafricano dos Leigos Católicos” que acontece em Iaoundé, na República dos Camarões.

“Não deixem nunca que “a obscura mentalidade relativista e niilista” que atinge várias partes do mundo, tenham espaço na realidade da África! Acolhei e difundi com força renovada a mensagem de alegria e de esperança trazida por Cristo, mensagem capaz de purificar e reforçar os grandes valores das vossas culturas”, pede o Papa.

Bento XVI, reconhecendo os problemas econômicos que a África deve combater, começa sua mensagem recordando as próprias palavras no qual afirma que ela é um “continente de esperança” com “uma grande riqueza de recursos espirituais, preciosas para o nosso tempo”. O Papa afirma a importância da dimensão espiritual da vida e da cultura africana.

“Até mesmo os valores tradicionais mais válidos da cultura africana – observa – hoje são ameaçados pela secularização, que provoca desorientamento, lacerações no tecido pessoal e social, exasperação do tribalismo, violência, corrupção na vida pública, humilhação e exploração das mulheres e das crianças, crescimento da miséria e da fome. A isto junta-se a sombra do terrorismo fundamentalista que, recentemente, fez de alvo comunidades cristãs em vários países africanos”.

O Santo Padre agradece aos povos africanos pelo testemunho dos valores mais precisosos: “o amor pela vida e pela família, o sentido de alegria e de compartilhamento, o entusiasmo de viver a fé no Senhor”. Os valores “que pude constatar nas minhas viagens africanas estão agora impressas no meu coração”, acrescenta.

No exemplo de Santa Josefina Bakhita, que simboliza a experiência de tantos jovens africanos, o Santo Padre afirma que “Jesus Cristo seja capaz de transformar profundamente todo ser humano, mesmo nas condições mais pobres”. O encontro com Ele consegue “superar também as dificuldades aparentemente mais insuperáveis”.

O Papa conclui a Mensagem com um convite a todos os fiéis africanos para serem “embaixadores” da Boa Nova. “Mulheres e homens, jovens, idosos e crianças, famílias e sociedades inteiras, toda a África hoje aguarda os “embaixadores” da Boa Nova, fiéis leigos provenientes das paróquias, das Communités Ecclésiales Vivantes, dos movimentos eclesiais e das novas comunidades, apaixonados por Cristo e pela Igreja, repletos de alegria e reconhecimento pelo Batismo que receberam, corajosos operadores de paz e anunciadores de autêntica esperança”.

O “Congresso Panafricano dos Leigos Católicos” em Iaoundé, na República dos Camarões acontece de 4 a 9 de setembro sob o tema: “Testemunhas de Jesus Cristo na África de Hoje: sal da terra, luz do mundo” (Mt 5,13-14). (AA/JS)

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