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Bento XVI: Venho ao Líbano como peregrino da paz, amigo de Deus, amigo dos homens

Beirute (Sexta-feira, 14-09-2012, Gaudium Press) “Venho ao Líbano como peregrino de paz, amigo de Deus, e amigo dos homens. “Salàmi o-tikum”: “Vos dou a minha paz”, diz Cristo”. Essas palavras de Bento XVI em seu discurso na cerimônia de boas vindas resumem a mensagem de paz para o Oriente Médio com a qual o Santo Padre vai ao Líbano.

Com a chegada em Beirute às 13h45, hora local, o Pontífice iniciou a 24ª viagem internacional indo pela quarta vez a um país do Oriente Médio, desta vez no Líbano para a assinatura e a entrega da primeira exortação pós-sinodal sobre o Oriente Médio. Graças a sua viagem, falar-se-á de novo sobre os cristãos, dos sofrimentos daqueles que vivem nas terras originárias das primeiras comunidades cristãs.

Acompanhado pela comitiva e pelos jornalistas, Bento XVI partiu para o Líbano sob chuva, às 9h30, hora local de Roma, do Aeroporto militar de Ciampino. Depois de três horas e 15 minutos chegou ao Aeroporto Internacional Rafiq Hariri, de Beirute.

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“Salàmi ?-t?kum”: “Vos dou a minha paz”, diz Cristo”. Essas palavras de Bento XVI
na cerimônia de boas vindas resumem a mensagem do Papa para o Oriente Médio.

No momento de deixar o território da República Italiana, o Pontífice enviou um telegrama ao presidente Giorgio Napolitano no qual deseja que “o povo italiano possa enfrentar com serenidade e confiança os desafios de nossos dias”. O avião papal voou sobre a Grécia. No telegrama ao presidente Karolos Papoùlias, desejou ao país ” “encontrar nesse período pouco fácil os caminhos da estabilidade, da fraternidade”.

No discurso proferido em francês na cerimônia de boas vindas que aconteceu no aeroporto, o Pontífice reafirmou os dois motivos mais importantes de sua viagem:a mensagem de paz e a assinatura e a entrega da Exortação apostólica pós-sinodal da Assembleia Especial para o Oriente Médio do Sínodo dos Bispos, “Igreja no Oriente Médio”, que o Papa define como “um importante evento eclesial” e o próprio documento “destinado ao mundo inteiro”, uma “indicação
do caminho a seguir nos anos futuros”.

Nas palavras dirigidas aos libaneses, o Santo Padre demonstrou apreço pela “estima e a colaboração” promovida entre todos no respeito recíproco. “Agradeço-vos pelos vossos esforços e estou certo que continuareis a buscar os caminhos de unidade e de concórdia”, disse manifestando estar ciente dos “eventos tristes e dolorosos que afligiram o vosso lindo país por longos anos”.

O Pontífice fez votos de que agora a “feliz convivência toda libanesa, deve demonstrar a todo o Oriente Médio e ao resto do mundo que dentro de uma nação podem existir a”convivência e o diálogo respeitoso entre os cristãos e seus irmãos de outras religiões”.

O Papa observou que o próprio testemunho é também um exemplo “extremamente delicado” que “corre o risco às vezes de se romper” quando “é tenso como um arco” ou “submetido a pressões que são muitas vezes de parte, interessadas, contrárias e estranhas à harmonia e à doçura libanesas”. Portanto, tal situação é uma “prova de real moderação e grande sabedoria” que exige de todos que “a razão deve prevalecer sobre a paixão unilateral para favorecer o bem comum de todos”.

Bento XVI, no fim do discurso salientou a dimensão espiritual de sua visita, que quer dizer também “o quanto seja importante a presença de Deus na vida de cada um e como o modo de viver juntos, esta convivência da qual o vosso país quer dar testemunho, será profunda somente se se baseia em um olhar acolhedor e uma atitude de benevolência para o outro, se é radicado em Deus que quer que todos os homens sejam irmãos”.

A chegada

No Aeroporto Internacional Rafiq Hariri, de Beirute, o Papa foi esperado por um grupo de pessoas com bandeiras vaticanas e faixas com as escritas em árabe e em inglês: “Nós te amamos!”, “Não temos medo porque estás aqui”. Os libaneses lhe prepararam uma “bela e calorosa” recepção como para um “irmão amado e respeitado”, como observou o Santo Padre em seu discurso.

Os jovens o saudaram também em espanhol com um grito das Jornadas Mundiais da Juventude: “esta es la juventud del Papa”.

A cerimônia de boas vindas teve o tradicional caráter oficial de Estado com a execução dos hinos nacionais. O Pontífice foi recebido pelo presidente da República, o Gen. Michel Sleiman com sua esposa; pelo patriarca maronita S.B. Béchara Boutros Raï e outras autoridades civis e eclesiásticas. Duas crianças ofereceram ao Papa flores como boas vindas. (AA/JSG)

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