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Bento XVI lembra martírio de São Quirino na Croácia

Cidade do Vaticano (Sexta 29-05-2009, Gaudium Press) Em função das celebrações do 700° aniversário do martírio do Bispo São Quirino, no próximo dia 4 de junho, na cidade croata de Krk, Bento XVI indicou o arcebispo de Zagreb, cardeal Josip Bozanic, como seu representante nas cerimônias. O Papa escreveu ontem uma carta, endereçada ao cardeal, na qual comenta a importância de São Quirino.

Como lembra o pontífice no documento, escrito em latim, São Quirino foi perseguido por causa de sua fé cristã há 1.700 anos e morto afogado em um rio, para o qual foi lançado com uma rocha atrelada ao pescoço.

A missão indicada pelo Papa Bento XVI para as cerimônias será composta por dois sacerdotes: Ivan Kordic, vigário geral, responsável pela promoção e a coordenação da Pastoral da família na diocese, e o monsenhor Franjo Velcic, preposto da Catedral de Krk, professor de História Eclesiástica na Faculdade Teológica de Zagábria e Arquivista da Cúria Diocesana.

História

São Quirino, bispo de Sizak na Croácia, é mencionado em 309 pelo Bispo Eusébio de Cesareia na sua “Crônica”, onde relata a perseguição sofrida por Quirino pelo imperador romano Diocleciano (243-313). Naquele ano, foi preso por ordem do governador Máximo, depois de ter tentado inutilmente a fuga. Submetido a interrogatório, foi obrigado a obedecer às ordens imperiais e a oferecer sacrifícios aos deuses. Após recusar-se terminantemente, o bispo foi flagelado e preso em um cárcere. Lá, fez amizade e converteu um dos guardas, chamado Marcello.

Transcorridos três dias, São Quirino foi enviado pelo governador da Panônia, Amâncio (região histórica que em 9 d.C. tornou-se província romana), à Savária (atual Croácia), onde fora condenado e lançado ao rio Sava com uma pedra no pescoço. Os cristãos de Savária recolheram seu corpo e o sepultaram.

Entre o final do século IV e o início do V, o corpo de São Quirino foi transferido para Roma e depositado em um mausoléu denominado “Platonia”, atrás da abside da Basílica de São Sebastião, onde fora muito venerado. Alguns teólogos e historiadores sustentam que as relíquias do santo foram depois transferidas para Milão, para Aquiléia e, por fim, à Basílica de Santa Maria em Trastevere, em Roma.

 

 

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