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Cardeal Grocholewski destaca a importância da coerência nas instituições educativas católicas

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 23-12-2013, Gaudium Press) Na última sexta-feira, 19 de dezembro, o Prefeito da Congregação para a Educação Católica, Cardeal Zenon Grocholewski, apresentou um documento preparado pelo dicastério sobre a contribuição da educação católica no diálogo intercultural. A tarefa educativa desempenhada em todo mundo e que beneficia milhões de famílias não exclusivamente cristãs faz parte da construção de uma “civilização do amor”, na qual não se pode perder a identidade, “mas, pelo contrário, reforçá-la, e muito menos sua missão pode separar-se da evangelização”.

“Este é o serviço com o qual as escolas católicas, que buscam sempre conjugar a tarefa educativa com o anúncio explícito do Evangelho constituem uma contribuição muito válida para a evangelização da cultura, inclusive nos países e cidades onde uma situação adversa nos estimula a utilizar a criatividade para encontrar rotas adequadas”, explicou o prefeito.

Segundo o Cardeal, a Igreja deve continuar seu trabalho e aplicar sua experiência em contextos multiculturais e multi-religiosos para promover a convivência em uma nova situação das relações globais entre as culturas. No documento, “são abordadas a identidade da escola católica e da comunidade educativa que tem o seu fundamento em Cristo. Esta identidade é sustentada pelo ensino da religião católica, que se conjuga muito bem com o respeito da liberdade pessoal e da formação continuada dos professores e líderes”, recordou o purpurado.

O Cardeal Grocholewski citou experiências de educação católica na América Latina, na Bósnia-Herzegovina, após o conflito e no Oriente Médio, onde “45 escolas católicas do Patriarcado Latino, sem desanimar nem pelas bombas, nem pela violência, realizam um trabalho paciente e perseverante com seus alunos de várias religiões e nações que aprendem a conhecer-se e a construir relações de respeito e amizade”.

Preservar a identidade para poder contribuir

Uma condição fundamental para esta missão é manter eficazmente a qualidade espiritual da formação para contribuir com a Fé Católica. “Recebi muitas críticas”, relatou o Cardeal, segundo referiu o informativo Vatican Insider. “Chegaram pais que disseram para mim: ‘Eu envio os meus filhos para a escola, porque eu quero que tenham a formação católica’. Se a escola católica não me ajuda a educá-los de forma cristã é uma mentirosa, hipócrita, porque é chamada Católica e na verdade não é Católica”, afirmou. “Isto é um problema.”

Como exemplo de uma situação na qual se deve manter a identidade católica apesar das pressões, o prefeito descreveu a tentativa de impor uma visão da sexualidade humana contrária à moral católica, assim como a “teoria do gênero” que ataca a identidade da pessoa e da família. Para o Cardeal Grocholewski, uma escola católica que segue estas correntes “não leva em conta a sua própria missão”.

“Certamente nós da Santa Sé, não temos polícia e não mandamos à polícia nesses casos”, disse o prefeito ao ser questionado sobre alguns casos específicos de instituições de ensino. “Buscamos o diálogo, a persuasão e em ocasiões com procedimentos, por vezes tentamos sanar. Na verdade, em alguns casos, foi necessário declarar uma instituição já não nossa”, recordou o purpurado. “Nossa política é sempre sanar as instituições.” (GPE/EPC)

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