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Bispos de São Paulo falam sobre a organização de visita ad Limina ao pontífice em novembro

Roma (Segunda, 29-06-2009, Gaudium Press) Pela primeira vez desde que o Papa Bento XVI foi escolhido como sucessor de Pedro, em 2005, bispos de todas as 17 regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) começam, a partir de setembro, uma sequência de visitas ad Limina ao pontífice, em Roma. De acordo com dom Airton José dos Santos, bispo de Mogi das Cruzes, a visita deve ser feita por todos os bispos periodicamente ao sucessor de Pedro – o Papa – para promover uma comunhão com toda a organização da Igreja e suas congregações e também com as quatro basílicas: São Pedro, São Paulo Fora dos Muros, Santa Maria Maior e São João de Latrão.

Durante a visita feita à Roma no final deste mês, dom Airton e dom Benedito dos Santos, bispo de Lorena, deram detalhes sobre sua ida ao Vaticano para tratar da visita ad Limina da regional Sul-1, que deve ocorrer entre 5 e 26 de novembro deste ano. “Os bispos de São Paulo, na última assembleia, acharam por bem que nós viéssemos e fizéssemos contato pessoal com a organização da visita e para organizar as coisas por aqui”, afirma dom Airton. “Agora, com as coisas prontas, a prefeitura apostólica vai se encarregar de organizar os horários e os compromissos da visita”.

De acordo com dom Benedito, a visita tem dois pólos importantes. Primeiro por ser o momento de revisão de toda a vida diocesana porque os bispos levam um relatório sobre os últimos cinco anos das atividades pastorais, econômicas e das dificuldades de evangelização de suas dioceses. “Isso para, antes da visita, o pontífice conseguir uma visão de toda a Igreja no Brasil”, afirma.

Depois, a visita é de suma importância por conta da comunhão que permite entre o Santo Padre e os bispos. A comunhão existe entre a ‘cabeça da Igreja, que é justamente o Papa’ e os religiosos. “Por isso eles concelebram a eucaristia, rezam a liturgia das horas e compartilham suas experiências durante estes 20 dias”, explica dom Benedito, ressaltando que, apesar da grande importância para os religiosos do Brasil, a visita é mesmo capital para o próprio Papa, que conhece com profundidade a situação da Igreja no Brasil.

Apesar do grande apreço por João Paulo II, dom Benedito diz não haver diferenças entre ele e Bento XVI. “O que nos interessa é que o Papa é o sucessor de Pedro, seja ele quem for”. No entanto, o religioso reconhece que a maior característica de João Paulo II foi a pregação, enquanto Bento XVI é “um grande teólogo”. “João Paulo II se sentia pároco do mundo inteiro. As mais de 100 visitas pastorais feitas por ele significaram um período muito rico para a Igreja”, recorda. “Agora nos encontramos com Bento XVI, um grande teólogo. Escolhido como Papa, ele dá uma segurança para toda a Igreja e tem passado uma doutrina muito clara e segura”.

 

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