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Analistas vaticanos do sarcófago de São Paulo dizem estar perto de comprovar veracidade da tumba

Cidade do Vaticano (Sexta, 03-07-2009, Gaudium Press) O sarcófago de São Paulo, sob a Basílica vaticana de São Paulo fora dos Muros, jamais foi aberto, mas graças às primeiras análises feitas por especialistas há grandes possibilidades de que o local realmente reúna os restos mortais do apóstolo. Ao menos foi o que adiantaram hoje em coletiva na Sala de Imprensa da Santa Sé o cardeal Andrea Cordero Lanza di Montezemolo, arcipreste da Basílica, que renunciou por motivos de idade (ver matéria), e o professor Ulderico Santameroa, diretor do laboratório de diagnóstico para a conservação e o restauro dos Museus Vaticanos. Eles apresentaram aos jornalistas detalhes do monitoramente feito no local no dia 12 de maio de 2007.

A tumba de São Paulo se encontra exatamente debaixo do altar da Basílica de São Paulo fora dos Muros e foi analisada por meio de microondas, introduzidas através de um pequeno orifício feito na parede do sarcófago. Segundo Montezemolo e Santamerou, foram encontrados pedaços de tecido vermelho e microfragmentos de ossos. O tecido era, segundo ambos, de uma fazenda usada à época somente por ricos e pessoas muito importantes. Na coletiva de imprensa de hoje foram mostradas algumas imagens feitas durante as análises, captadas sob controle dos Museus Vaticanos.

Ainda não é possível afirmar que de fato se trata dos restos mortais do apóstolo Paulo, ou mesmo que sejam restos mortais de alguém que tenha vivido naquela época, mas de acordo com os especialistas o sarcófago certamente está naquele lugar desde o fim do século II e pelos primeiros estudos é grande a possibilidade de ser sim a verdadeira tumba de São Paulo.

O Vaticano ainda não autorizou a abertura integral do local, porque a violação implicaria na destruição do altar da Basílica e possivelmente na remoção do baldaquino. Quando foram iniciados os trabalhos ainda era o ano de 2007, e Bento XVI não queria autorizar as obras antes do ano paulino (período que se encerrou no último domingo).

Diante disso, o cardeal Montezemolo não exclui a possibilidade de que o sarcófago seja enfim aberto em um futuro próximo, possibilitando inclusive a análise do DNA do material recolhido, dos ossos e dos tecidos, e uma busca mais detalhada.

 

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