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Papa pede no Ângelus fim do derramamento de sangue no mundo

Cidade do Vaticano (Segunda, 06-07-2009, Gaudium Press) “Ao mal não se deve responder com o mal, mas com o bem”, disse ontem Bento XVI, durante a tradicional oração mariana do Ângelus, na Praça de São Pedro. A observação do Papa foi feita à luz de um novo atentado terrorista, desta vez em Cotabato, nas Filipinas, onde uma bomba explodiu em frente a uma catedral da Igreja Católica matando cinco pessoas e deixando mais de 34 feridos. O tema da violência pautou a fala do Papa, que pediu o fim da intolerância e do derramamento de sangue no mundo por causa do ódio.

Bento XVI lembrou ainda que no passado, o primeiro domingo de julho era celebrado como solenidade do Preciosíssimo Sangue de Cristo. A efeméride lembrava a oferta de sangue de Jesus Cristo na cruz, como havia explicado o Papa João XXIII, na Carta Apostólica “Inde a Primis”.

“Quando os homens aprenderão que a vida é sagrada e pertence somente a Deus? Quando compreenderão que somos todos irmãos? Ao grito pelo sangue derramado, que se faz ouvir de todos os lugares do planeta, Deus responde com o sangue do seu Filho, que doou a vida por nós. Cristo não respondeu ao mal com o mal, mas com o bem, com o seu amor infinito. O sangue de Cristo é dom do amor fiel de Deus pela humanidade”, indagou Bento XVI.

“Enquanto rezo a Deus pelas vítimas do infame gesto, elevo minha voz para condenar mais uma vez o recurso à violência, que não é nunca uma forma digna de solução dos problemas existentes”, disse o Papa.

O Santo Padre expressou a sua proximidade com os feridos e a dor após as mortes também com a tragédia da explosão de vagões-cisterna recheados de gás em Viareggio, na Itália, na semana passada, quando 22 pessoas morreram. “Nestes dias, fomos golpeados pela tragédia de Viareggio. Uno-me à dor dos que perderam pessoas queridas, ficaram feridos ou sofreram danos materiais também graves (…). Que acidentes semelhantes não se repitam e se garanta a todos a segurança no trabalho e no desenvolvimento da vida cotidiana”.

Bento XVI saudou os fiéis pela janela de seus aposentos no Palácio Apostólico em francês, inglês, alemão, espanhol, polonês e italiano.

 

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