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Anos Paulino e Sacerdotal dominam conversas de bispos paulistanos em Campos do Jordão

Campos do Jordão (Sexta, 31-07-2009, Gaudium Press) Do Ano Paulino ao seu sucessor, o Ano Sacerdotal. Entre outros aspectos, as conversas dos seis bispos auxiliares de São Paulo com o arcebispo dom Odilo Pedro Scherer versaram basicamente sobre os dois últimos períodos jubilares convocados pelo Papa Bento XVI. O grupo participou de uma espécie de retiro de três dias em uma casa mantida pela arquidiocese de São Paulo em Campos do Jordão, onde puderam fazer um balanço dos primeiros seis meses de atividades da cúria paulistana e estabelecer as diretrizes para os próximos seis.

Segundo dom Pedro Luiz Stringhini, bispo auxiliar da arquidiocese para a região episcopal Belém, o retiro na estância turística da Serra de Mantiqueira acontece tradicionalmente no meio do ano (nas férias de julho), quando os bispos dispõem de mais tempo para aprofundar questões pontuais levantadas em reuniões anteriores. No final do ano, novo encontro de três dias é realizado, geralmente na sede da arquidiocese, para um balanço final do ano episcopal.

“Esse período é proveitoso porque, além das discussões, fazemos celebrações, a liturgia das horas, refletimos sobre assuntos gerais”, explica, ao lembrar que a prática dos encontros em Campos teve início ainda no governo episcopal de dom Cláudio Hummes, predecessor de dom Odilo Pedro Scherer e hoje prefeito da Congregação para o Clero.

Uma das principais pautas do retiro concluído ontem, o Ano Paulino foi lembrado pelos auxiliares junto a dom Odilo. Dom Pedro Stringhini diz que os trabalhos realizados durante o período pela arquidiocese deixaram os bispos “muito satisfeitos”. Ele citou as peregrinações, a instalação de uma estátua de São Paulo na Praça da Sé e a conclusão do período com uma celebração no mesmo local como alguns dos momentos mais marcantes.

O Ano Sacerdotal, recentemente convocado pelo Papa após o término do Ano Paulino, também foi outro assunto discutido pelos bispos de São Paulo. Para o bispo Stringhini, a convocação do período tem especial importância porque suscita a “valorização do sacerdócio ministerial da Igreja”. Ele destaca também a carta sobre o Ano Sacerdotal emitida pelo Papa, na qual é ressaltada a figura de São João Maria Vianney, o Santo Cura d’Ars, patrono de todos os sacerdotes, e a necessidade de “se voltar às raízes” da profissão solene. “O sacerdote tem de estar no meio do povo”.

Apesar de o período estar voltado para a reflexão sacerdotal, dom Pedro reconhece que esta é uma oportunidade também para se discutir as vocações e “suscitar nos jovens o desejo da vida solene”. “Vocação existe, mas ela precisa ser motivada, alimentada na fé”, afirma. Segundo ele, o “despertar do sacerdócio” deve ser incentivado desde cedo.

Cedo como o próprio jovem Stringhini. O bispo conta que desde pequeno nutria vontade de entrar para o sacerdócio, uma vontade que teria surgido naturalmente a partir do seu ambiente, como os hábitos de sua tradicional família de imigrantes italianos cristãos e o trabalho dos padres redentoristas em Laranjal Paulista, cidade de sua infância. Aos 10 anos, entrou para o seminário em Sorocaba, onde permaneceu por três anos. Depois, cursou a faculdade de Teologia e viveu um período como missionário no Amazonas. Tem hoje 29 anos de vida sacerotal.

Campanhas

Além dos Anos Paulino e Sacerdotal, também foram abordados pelos bispos temas nacionais e ações evangelizadores capitaneadas pela CNBB, como a Campanha da Fraternidade, a Campanha Ficha Limpa e o Ano Catequético. Para os próximos seis meses, de acordo com dom Pedro, a Igreja está mirando agora uma nova campanha pelo desarmamento. “O cidadão de bem não deve competir com o cidadão do mal”, pondera.

Participaram do encontro em Campos do Jordão com o arcebispo dom Odilo Pedro Scherer todos os seis bispos auxiliares de São Paulo. Além de dom Pedro Luiz Stringhini, dom José Benedito Simão, da região episcopal brasilândia; dom Tomé Ferreira da Silva, do Ipiranga; dom João Mamede Filho, da Lapa; dom Joaquim Justino Carreira, de Santana; e dom Tarcísio Scaramussa, da Sé.

 

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