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Bento XVI critica a “ditadura do racionalismo” no retorno da audiência geral

Castel Gandolfo (Quarta, 05-08-2009, Gaudium Press) Após três semanas de interrupção por conta das férias do pontífice no norte da Itália, voltam as audiências gerais presididas pelo Papa Bento XVI. A primeira deste verão aconteceu no pátio interno do Palácio Apostólico de Castel Gandolfo. Bento XVI dedicou a catequese à festa de São João Maria Vianney, o Santo Cura d’Ars, patrono dos sacerdotes e do Ano Sacerdotal, celebrada ontem pela Igreja Católica.

“O Santo Cura d’Ars sempre manifestou altíssima consideração pelo dom recebido que era para ele o sacerdócio. Era, para o Santo, a missão de ‘conquistar muitas almas’, feita sempre com uma ‘humilde fidelidade'”. Bento XVI afirmou que São João Maria Vianney entendia o apostolado sacerdotal como o “assíduo ministério das confissões”.

Bento XVI explicou também que a adoração “com devoção e respeito” era fonte da sua fé e de seu ministério pastoral, no tempo em que na França vigorava, segundo o pontífice, a “ditadura do racionalismo”. Para o Papa, a missão dos sacerdotes hoje é ajudar as pessoas com “sede de verdade” a superar essa suposta ditadura.

“O racionalismo foi inadequado porque não levou em consideração os limites humanos e pretendeu elevar à mera razão a medida de todas as coisas, transformando-a (a razão) em uma deusa; o relativismo contemporâneo mortifica a razão, porque de fato chega a afirmar que o ser humano não pode conhecer nada com certeza além daquilo que está no campo científico positivo”, afirmou o Papa.

A audiência transcorreu em uma atmosfera cordial. Acompanharam o discurso em Castel Gandolfo cerca de quatro mil fiéis, entre os quais de grupos oriundos do Brasil e do México, além dos tradicionais grupos da Itália, França, Inglaterra, Espanha, Portugal, Alemanha, Polônia, Hungria e República Tcheca. Além destes, estiveram presentes também 10 visitantes de uma paróquia de Macau, ex-colônia portuguesa na China, e 60 estudantes da Hyoseong Primary School, da arquidiocese de Daegu, da Coreia do Sul.
Bento XVI, assomando à sacada do pátio, foi recebido com forte aplauso pelos presentes e cumprimentou a multidão nas principais línguas dos fiéis católicos (italiano, francês, alemão, espanhol, inglês, português, polonês, húngaro, tcheco).

Em português, disse: “Amados peregrinos de língua portuguesa, sede bem-vindos! A todos saúdo com grande afeto e alegria, nomeadamente aos grupos que vieram de Palhaça e do Brasil com o desejo de encontrar o Sucessor de Pedro. Com votos de que vossas existências sejam uma catequese vivente como foi a vida do santo Cura d’Ars, desça sobre vós, vossas famílias e comunidades a minha Bênção.”

Aos fiéis de língua espanhola, por sua vez, falou: Saludo cordialmente a los peregrinos de lengua española. En particular, a los grupos de la pastoral juvenil de Toledo, Valencia y Sigüenza-Guadalajara. En este Año Sacerdotal, invito a todos a acompañar a los ministros del Señor con la oración, la solidaridad espiritual y la colaboración, para que sean fieles a su vocación y vivan gozosamente su misión en la Iglesia, siguiendo en todo a Cristo, Buen Pastor, a ejemplo de San Juan María Vianney. Que la Virgen María interceda para que el Pueblo de Dios se enriquezca con santos y abnegados sacerdotes. Muchas gracias.”

Ao final da audiência, o Papa apareceu à janela sobre a entrada principal do pátio do Palácio Apostólico para cumprimentar também os participantes que não conseguiram entrar no local.

 

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