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Ao incentivar campanha social, Papa fala em “escândalo da pobreza” na Argentina

Cidade do Vaticano (Sexta, 07-08-2009, Gaudium Press) O Papa Bento XVI enviou ontem uma mensagem a Comissão Especial de Ajuda às Regiões Mais Necessitadas, da Igreja argentina, em apoio à coleta “Más por Menos”, que visa à arrecadação de recursos para regiões mais pobres do país. A mensagem foi entregue pelo núncio apostólico no país, monsenhor Adriano Bernardini.

Segundo as palavras do pontífice, Bento XVI espera que a coleta, uma tradicional iniciativa da Igreja argentina, possa ajudar a “reduzir o escândalo da pobreza e da desigualdade social, dando assim cumprimento às exigências evangélicas que exortam a criação de uma sociedade mais justa e solidária”. O Papa também pediu aos fiéis que participem ativamente da campanha e cumprimentou os organizadores. Ao final da carta, Bento XVI clamou a proteção dos argentinos a Nossa Senhora de Luján, padroeira do país, e deu sua benção apostólica.

Esta é a 40ª edição da campanha, que terá início no dia 13 de setembro sob o tema “Maior solidariedade por uma menor exclusão”. Os pontos de arrecadação estarão concentrados nas igrejas e paróquias do país e todo o montante final será distribuídos entre 25 dioceses de áreas mais carentes, cujas cotas serão definidas segundo critérios de prioridade.

Segundo os organizadores da coleta, o dinheiro arrecadado será destinado para construção de casas populares, fomento de microempresas e criação de novos refeitórios comunitários. Além da coleta nas Igrejas, é possível contribuir para a campanha também mediante depósito ou transferência bancário.

Impasse

A mensagem do Papa chega em um momento de discordância entre Igreja e governo acerca dos reais dados sobre a pobreza no país. Segundo levantamento do órgão governamental INDEC (Instituto Nacional de Estatística e Censo), cerca de 15% da população argentina enquadra-se hoje nessa faixa. Para o presidente da Comissão Episcopal de Pastoral Social, bispo Jorge Casaretto, no entanto, esse número é na verdade de 40%, o que representaria quase metade da população vivendo na pobreza.

 

 

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