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Presidente do Episcopado italiano critica “aprisionamento” da liberdade da Igreja

Gênova (Terça, 11-08-2009, Gaudium Press) “O bem e o mal não podem ser decididos com os números”, mas com a “voz universal”, que é “verdade absoluta”. O cardeal Angelo Bagnasco, presidente do episcopado italiano e arcebispo de Gênova, dedicou a homilia da celebração que presidiu ontem na Festa de São Lourenço, mártir romano dos primeiros séculos do cristianismo, da sua arquidiocese, a questões de política e moralidade.

Na Itália, continua aceso o debate sobre a regulamentação da pílula abortiva Ru486 nos hospitais pela Agência de Saúde italiana. Com relação à questão, o presidente da CEI afirmou que a “moralidade” não pode ser decidida com maioria, nem a liberdade do homem depende de decisão dos políticos.

Segundo o cardeal, São Lourenço, que foi morto sob o império de Valério, no século III, é “um campeão de liberdade”, e sua morte tinha confirmara a “liberdade da Igreja ante ao imperador injusto”. Ele afirma que a figura do Santo é também exemplo para as sociedades modernas de como defender a “liberdade de professar a fé em Jesus, liberdade de ajudar os pobres e os sofredores no testemunho da caridade, liberdade de realizar as obras coerentes com a sua missão” em todas as situações injustas.

“Não basta, de fato, uma voz e uma só vez para se condenar o mal e invocar o direito à liberdade religiosa ou à vida humana, ou à justiça e à paz. É necessário – e o vemos em algumas áreas – prosseguir e insistir para que as ‘orelhas’ dos responsáveis prestem atenção e eles passem a decidir com coerência”, afirmou o arcebispo, referindo-se à pressão da opiniãoo pública sobre os políticos.

Voltando à trajetória do mártir católico, disse: “Ao imperador, que naquele momento histórico tinha a pretensão de ser opinião pública e de definir o bem e o mal de forma arbitrária, Lourenço diz ‘não'”.

Segundo o cardeal, a liberdade que apregoa a Igreja Católica não é uma coisa sobre a qual decidem os políticos, nem mesmo algo que pode ser “aprisionada”. Ele criticou também a invocação de uma “liberdade individual”, a qual promove o estilo de vida de decidir “individual e absolutamente isso o que é o bem” por parte de cada um.

 

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