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Papa envia cardeal Francis Arinze para abertura da assembleia dos bispos da Ásia

Manilla (Terça, 11-08-2009, Gaudium Press) A importância da Eucaristia e a atenção aos pobres: estas foram as principais mensagens levadas pelo cardeal Francis Arinze, prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, enviado especial do Papa à IX Assembleia Plenária da Confederação das Conferências Episcopais asiáticas, que foi aberta hoje em Manilla, capital das Filipinas. O tema desta edição da assembleia é “Viver a Eucaristia na Ásia”.

“No incrível desenvolvimento econômico e tecnológico, a Ásia vê também o seu povo pobre e sofrido, oprimido e reprimido, sem-teto e necessitado”. Assim o cardeal Arinze convidou os bispos reunidos na assembleia para refletir o contexto no qual a Igreja vive no continente que abrange cerca 60% da população mundial e que é alvo de diversos desastres naturais. “A Eucaristia é o bem espiritual da Igreja e é um bem que nos transforma”, apregoa Arinze.

“A Eucaristia nos leva na direção dos pobres”. A beata Madre Teresa de Calcutá e as suas irmãs “vivem a força transformadora da Eucaristia” e é esta força transformadora que deve estimular “a procura de uma forma de ajudar os pobres a saírem das suas condições de pobreza e a viverem uma vida humana a mais digna possível”, falou o cardeal nigeriano. “Deus não quer que alguns tomem posse das coisas boas deste mundo, criando um oásis de satisfação e de consumo excessivo, enquanto a maioria permanece em um deserto de necessidade e de miséria”, prosseguiu.

Outro ponto central abordado pelo cardeal Arinze foi a “importância da unidade da comunhão entre o Papa e os bispos e, depois, entre os próprios bispos, sacerdotes, laicos, consagrados”. E há, em seguida, ainda a relação com os demais: “Com outros cristãos que não partilham ainda da plena unidade católica e com as muitas outras pessoas de outras religiões”.

No que tange à administração da Eucaristia, o cardeal é claro: “a celebração eucarística não é um serviço ecumênico”, mas uma celebração que “pede comunhão eclesiástica plena”. Assim, explica, a possibilidade de administrar a comunhão a um cristão cuja família religiosa não aderiu completamente ao catolicismo é rara e estritamente subordinada às condições estabelecidas pela Igreja nos seus documentos oficiais.

“Quando se trata de muçulmanos, hindus, budistas ou fiéis de outras religiões, é evidente a impossibilidade da comunhão”. O cardeal recomenda que estes não sejam enviados às celebrações sem as devidas explicações. Além disso, ressalta que “evangelização não é proselitismo”.

As reuniões dos episcopados asiáticos prosseguem em Manilla até o próximo dia 16 de agosto.

 

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