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Tailândia acolhe Primeiro Congresso para Católicos Surdos da Ásia

Bangkok – Tailândia (Terça-feira, 01-12-2015, Gaudium Press) Sob o lema de “Ephatha: Ábrete” ocorreu o Primeiro Congresso para Católicos Surdos da Ásia entre os dias 13 a 19 de novembro no Centro Pastoral Católico do distrito Sam Phran de Bangkok, Tailândia. O evento congregou a mais de 100 participantes da Tailândia, Camboja, Índia, Indonésia, Japão, Coreia do Sul, Laos, Filipinas, Singapura e outros países da região, assim como delegados dos Estados Unidos e Reino Unido.

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“É uma reunião de pastores religiosos e leigos que dialogam com sua forma particular de usar a linguagem de sinais, compartilhando suas experiências cotidianas de vida de Fé nas conservadoras culturas da Ásia”, explicou a CNA o Capelão da Associação de Católicos Surdos da Tailândia, o Padre Peter Teerapong Kanpigul. O objetivo do encontro foi “reexaminar a situação, assim como fomentar um entendimento mais profundo dos desafios pastorais que encontram os surdos para integrá-los na vida social e litúrgica da Igreja e da sociedade”.

O sacerdote explicou que o evento contribui para promover uma maior sensibilização sobre o tema e o trabalho em rede por parte das dioceses, os intérpretes e os especialistas em linguagem de sinais, cujas características mudam de país para país, assim como fomentar e fortalecer o apostolado da Igreja Católica na Ásia a favor da Nova Evangelização. “Há uma necessidade de sensibilização até a integração cultural e a natureza complexa da linguagem de sinais porque os surdos chegam a ser parcialmente separados da corrente geral da sociedade”, explicou o sacerdote.

Segundo afirmou o Capelão, as pessoas com deficit auditivo sofrem situações de isolamento e marginalização devido a tabus culturais, obstáculos na linguagem e ignorância. Esta situação foi escrita pelo Padre Charles Dittmeier Diretor do Programa de Desenvolvimento para Surdos do Camboja, que explicou à CNA que “a surdez é uma incapacidade invisível, de forma que ninguém a vê e ninguém a entende; e a maioria das pessoas não tem experiência com pessoas surdas, não conhecem como a incapacidade lhes afeta e como devem manejá-la”.

“Os surdos aprendem através de seus olhos, não através de seus ouvidos. Assim há uma necessidade de treinar os catequistas e os professores para instruí-los visualmente”, comentou o sacerdote, que desempenhou um trabalho missionário por mais de 30 anos na Índia, China e Camboja. O presbítero destacou que a Igreja criou boas escolas para os surdos, mas espera que existam mais no futuro. “É fundamental que as Dioceses reconheçam as pessoas surdas que estão ali e busquem maneiras de integrá-las”, expressou. (GPE/EPC)

 

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