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Cardeal Müller ensina como um pai de família deve combinar misericórdia e correção

Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 11-12-2015, Gaudium Press) Em entrevista concedida à ACI Stampa, agência italiana do grupo ACI, o prefeito da Congregação para a doutrina da Fé, Cardeal Gerhard Müller, respondeu a seguinte pergunta: “Pode um pai ser misericordioso e corrigir aos seus filhos?”. A resposta foi mais que afirmativa: “Na realidade, se um pai não corrige aos seus filhos, e pelo contrário justifica ou minimiza seus erros, não os amaria ou os estaria enviando diretamente até o desastre”, expressou o purpurado.
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Verdadeiramente, “um pai que não ajuda aos seus filhos a reconhecer seus erros não os estima verdadeiramente e não confia na possibilidade de que mudem”.

“Porque a misericórdia leva inscritos em si, indelével e inseparavelmente, o amor e a verdade. Pertence à tradição cristã, a partir das Escrituras até o Magistério dos últimos Papas, que amor e verdade estão juntos ou juntos caem: não há amor sem verdade e não há verdade autêntica sem amor. E isto acaso não deveria valer também para a doutrina?”.

A misericórdia, “é o contrário do ‘laissez faire’ (deixar fazer)… esta não é a atitude de Deus ao homem: basta ler os evangelhos e ver como se comportava Jesus que era bom mas ao mesmo tempo não ocultava a verdade. E a doutrina tem o mesmo objetivo de ajudar-nos a conhecer a verdade, nos ajuda a aceitá-la na sua integridade e a não enganar a verdade”.

“A doutrina, para nós os cristãos, não tem como última referência as ideias (que temos) sobre Deus ou sobre a salvação que nos oferece, mas a vida mesma de Deus e sua irrupção na vida do homem: é uma ajuda para compreender quem é Deus e que coisa está em jogo com a salvação que Deus oferece a vida concreta do homem”, disse o Cardeal.

Entretanto, “para compreender tudo isto é necessário uma razão humilde, que não se erige presunçosamente como a medida de todas as coisas. Desafortunadamente o pensamento que surge da modernidade, que nos deixou uma herança também de muitas coisas belas, nos privo desta humildade”. (GPE/EPC)

 

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