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Natal é uma celebração da misericórdia de Deus, afirma Arcebispo de Singapura

Cidade de Singapura – Singapura (Segunda-feira, 28-12-2015, Gaudium Press) Em sua mensagem pastoral de Natal, o Arcebispo de Singapura, Dom William Goh destacou a Festa do Natal como uma celebração da misericórdia de Deus para com os homens. Antes da vinda de Jesus Cristo, “vivíamos como órfãos no exílio, sem saber nossa verdadeira identidade e nosso destino”, expôs o prelado.

Dom Goh citou a Carta de São Paulo a Tito, que assinala com claridade que Deus “não se fixou no bom que teríamos feito, mas que teve misericórdia de nós e nos salvou” através de Jesus Cristo, o que permite aos crentes esperar “nossa herança, a vida eterna”. Toda a vida de Jesus e particularmente sua Paixão, Morte e Ressurreição, mostra o enorme amor de Deus pelos homens.

Natal é uma celebração da misericórdia de Deus, afirma Arcebispo de Singapura.png“O Nascimento de Jesus é apenas o começo da manifestação da misericórdia de Deus. Por causa de nossa celebração e em vista de sua morte e ressurreição, porque é em seu mistério pascal que chegamos a descobrir sua verdadeira identidade como verdadeiro Deus e verdadeiro homem”, expôs o Arcebispo. Jesus se despoja de seu esplendor divino na Encarnação para poder despojar-se Ele mesmo de sua humanidade na Paixão. “A misericórdia de Deus é portanto uma de esvaziar-se”, comentou o prelado. Sem ter pecado de forma alguma, “Jesus compartilha conosco toda nossa dor, nosso sofrimento e inclusive as consequências de nossos pecados”.

A recepção do grande dom da misericórdia de Deus deve levar aos cristãos a transmitir a misericórdia aos seus irmãos. “A entrega de presentes de Natal está arraigada na entrega de Deus mesmo. Com Cristo, desejamos esvaziar-nos para o serviço dos outros, identificando-nos com o pobre, o sofredor, os que tem sede espiritual e fome material”, motivou Dom Goh. “Mais que tudo, queremos mostrar nosso perdão aos que nos tem ferido, enganado ou inclusive destruído nossa família e reputação”.

“Hoje, os pecadores esperam ser perdoados e reconciliados: sua ex-esposa, seus filhos, seus amigos”, continuou o Arcebispo. “Devemos ir além do dar presentes materiais no Natal para dar-nos nós mesmos, nossos recursos, nosso tempo, nosso amor e nosso perdão”. O prelado convidou a dar o primeiro passo para aproximar-se a conquistar a reconciliação com os inimigos e aqueles que nos tem ferido. “Movamo-nos fora de nossas zonas de conforto e atendamos o corpo ferido e machucado de Nosso Senhor no sofrimento dos outros”.

Finalmente, o Arcebispo convidou a não ficar em uma celebração sentimental ou nostálgica, inclusive na estética do pequeno e terno Menino Jesus. “Em seu lugar, a Liturgia de Natal se foca na Segunda Vinda de Cristo, quando Ele será o Rei do universo e Deus será tudo em todos”, concluiu. “Não devemos cair na tentação de permitir que as celebrações externas e o regozijo ocultem o objetivo de nossa celebração: a misericórdia e a graça de Deus revelada a nós em Cristo Jesus. Que todos tenham um santo e abençoado Natal!”. (GPE/EPC)

 

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