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Cardeal Dziwisz acredita que reexame de processo sobre atentado a João Paulo II não dará resultado

Cracóvia (Quarta, 26-08-2009, Gaudium Press) Os 73 autos do interrogatório do autor do atentado contra o Papa João Paulo II, Ali Agca, foram enviados da Itália para o Instituto da Memória Nacional em Katowice, na Polônia. O órgão foi fundado para investigar crimes nazistas e comunistas feitos contra cidadãos poloneses e pretende fazer um reexame do processo sobre o atentado. Para o cardeal Stanislao Dziwisz, secretário particular do pontífice polonês e atual arcebispo de Cracóvia, no entanto, dificilmente serão feitas novas descobertas sobre o caso.

Compatriotas do Papa Wojtyla querem reestudar os documentos do assim chamado “processo búlgaro” do atentado contra João Paulo II. Os poloneses querem, além do mais, interrogar o próprio Ali Agca. Eles têm, no entanto, somente um ano para fazê-lo, já que Agca deixará em breve a prisão na Turquia onde se encontra por assassinar um jornalista turco.

Segundo o cardeal Dziwisz, a investigação foi política. “Políticos queriam concluir o processo porque atrapalhava diferentes relações internacionais. A verdade não foi alcançada”, afirmou o arcebispo de Cracóvia. Ele afirma ainda que não se deve acreditar nas palavras do terrorista, pois Agca, acredita, não diria nada que pudesse complicar sua situação.

Ferdinando Imposimato, juiz do interrogatório, afirma que o atentado foi perpetrado pelo serviço secreto búlgaro, com apoio da KGB (serviço secreto russo) e Stasi (então Ministério para a Segurança do Estado da Alemanha Oriental), mas sem participação do serviço secreto polonês.

 

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