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Empregados devem dar testemunho da doutrina da Igreja, defende Cardeal Donald Wuerl

Washington – Estados Unidos (Quarta-feira, 13-01-2016, Gaudium Press) Em um artigo intitulado “Ao serviço da Verdade e o Amor de Jesus Cristo”, o Arcebispo de Washington, Estados Unidos, Cardeal Donald Wuerl, explicou à opinião pública o direito que tem a Igreja de selecionar aos empregados de suas instituições de maneira que possam dar testemunho da doutrina e ensinamentos católicos. “Se alguém persiste e efetivamente insiste de que tem a razão e que a Igreja está equivocada, diante de uma diferença tão irreconhecível, não é discriminação nem castigo dizer que um serviço ministerial contínuo não é possível”, esclareceu o purpurado. “Não é uma questão de atividade pessoal privada, mas a consequência social da conduta que socava a habilidade da Igreja para cumprir sua missão”.

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O Cardeal Wuerl fez referência a recentes casos publicados nos meios de comunicação nos quais instituições da Igreja como as escolas católicas têm que pedir a renúncia de alguns funcionários publicamente contra a doutrina da Igreja. O Arcebispo qualificou como desafortunado o desenvolvimento destes casos, nos quais a Igreja se vê obrigada a atuar desta forma apesar de conservar uma disposição de misericórdia para aqueles que vivem em contradição de sua doutrina.

Casos sem saída

“Primeiro, qualquer pessoa que luta ao tratar de viver de acordo com a verdade revelada do ensinamento católico deveria saber que a Igreja reconhece sua dignidade como criatura de Deus e que essa pessoa não necessita enfrentar os desafios da vida distante da graça do Senhor e de sua Igreja, a qual busca somente o mais elevado bem para todos”, comentou o Cardeal. Apesar de a Igreja reconhecer que todas as pessoas são pecadoras, quando se apresentam falhas “se espera de nós reconhecer nossos erros e buscar emendar nossas vidas em Cristo”. O problema surge quando uma pessoa desiste de corrigir sua atitude e em seu lugar enfrenta a Igreja e a Fé. “Onde há potencial de escândalo que possa desviar as pessoas com respeito à Fé Católica, o serviço contínuo se faz impossível”.

O Arcebispo recordou que “o propósito de nossas paróquias, escolas, ministérios e outras entidades católicas, e a tarefa daqueles que trabalham para elas, é levar as pessoas para Jesus”. Esta tarefa é levada a cabo em um contexto no qual a cultura secular está em contradição à doutrina da Igreja em vários assuntos, como o são a definição do matrimônio e a família, o bem comum e o bem e o mal objetivos. Que desempenham esta missão “tem uma responsabilidade especial de respeitar nossa identidade católica e evitar o comportamento que contradiga a missão mesma da instituição católica”, recordou o purpurado, que afirmou que os crentes têm direito a receber um ensinamento autenticamente católico, o qual inclui um testemunho coerente.

Proteger a Igreja de Cristo

“Todos estamos a serviço da missão de Cristo e particularmente para aqueles em posições ministeriais, ninguém pode reclamar o direito de trabalhar simultaneamente para a Igreja e contra sua doutrina”, acrescentou o Cardeal Wuerl. “A Igreja não somente deve ser livre para tomar ações corretivas: tem uma obrigação em caridade e verdade de fazê-lo”. Por este motivo, o purpurado afirmou que a Igreja não pede um privilégio especial, mas o reconhecimento de suas características, as quais são análogas à de outro tipo de associações que unicamente retem as pessoas que com fidelidade servem seus interesses e ideais.

Além destes direitos comuns, a Igreja também pode invocar a liberdade de religião para decidir quem são aptos para desenvolver os ministérios católicos. “A Igreja a qual servimos não é nossa, mas de Cristo. A maior misericórdia da Igreja é ser testemunha fiel de sua verdade e de seu amor”, concluiu o Cardeal. “Isto é precisamente através do testemunho de um ensinamento autenticamente católico, ao qual é a verdade revelada do Evangelho, no qual os fiéis nos assentos, os jovens em nossas escolas, as pessoas que recebem o serviço de nossos ministérios de caridade e o mundo em geral encontrarão a salvação”. (GPE/EPC)

 

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