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Arcebispo argentino recorda a sacerdotes os limites da reta misericórdia

La Plata – Argentina (Sexta-feira, 26-02-2016, Gaudium Press) O Arcebispo de La Plata, Argentina, Dom Héctor Aguer, emitiu uma Instrução Pastoral sobre o Jubileu Extraordinário da Misericórdia intitulada “A misericórdia de Deus e a nossa”. O Texto, dirigido em especial aos sacerdotes e consagrados, anima a não deixar passar o tempo da graça, ao mesmo tempo que recorda os limites que se devem aplicar para não desfocar a reta misericórdia de Deus. “São Tomás diz com sólida verdade: ‘a justiça sem misericórdia é crueldade; a misericórdia sem justiça é a mãe da dissolução'”, indicou o prelado.

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O documento do Arcebispo percorre os pontos principais da bula Misecordiae vultus do Papa Francisco, e recorda como Jesus Cristo através de seu sacrifício, resolve o problema da justificação do pecador. “A história da salvação culmina na Encarnação e a Páscoa do Filho de Deus, acontecimentos nos quais se manifesta a graça do perdão dos pecados, a qual podem aceder aqueles que se arrependem, mediante a Fé em Cristo e o Batismo Cristão, via do ingresso na Igreja, novo povo de Deus”, recordou o prelado.

A misericórdia e da justiça

Dom Aguer recordou também como Deus exerce a justiça de forma distributiva, “a própria de quem governa com sabedoria e assim institui a ordem das coisas outorgando a cada um o que lhe corresponde; pode-se chamar Verdade”, realidade sobre a qual São Tomás de Aquino faz notar “que em todas as obras de Deus aparecem a misericórdia e a justiça, mas desliza uma advertência importantíssima: a obra da justiça divina pressupõem a obra da misericórdia”.

O prelado motivou aos membros da Igreja a “chegar a todos com a mensagem do Evangelho e o convite de incorporar-se ativamente à Igreja”, motivo pelo qual pediu ir além dos procedimentos e recordar que a atenção dos fiéis deve ser um verdadeiro encontro pastoral: “Trata-se de incorporar novos membros à Igreja, nada menos!”. Da mesma forma deve aproximar-se daqueles que se distanciam da vida da Igreja por causa de seu comportamento, recordando os limites que a Igreja estipula, sobretudo referente à recepção da comunhão eucarística.

“Agora se apresentam as coisas como se se tratasse da reconquista de um direito humano. Aqueles que assim o fazem ignoram que é a Eucaristia, o ensinamento de Jesus exposto nos três Evangelhos sinópticos acerca do adultério e a constante disciplina da Igreja”, indicou o Arcebispo sobre o caso dos divorciados que voltam a se casar. “Aos sacerdotes não lhes está permitido fazer seu parecer e violar essas disposições, sob pretexto de exercer misericórdia; recordemos a sentença tomista sobre a dissolução. O Ano Jubilar exige deles uma maior disponibilidade para o ministério da reconciliação, que inclui a pregação e o ensinamento para esclarecer as condições necessárias para receber a absolvição sacramental”.

Dom Aguer recordou os ensinamentos da Igreja sobre as indulgências e encomendou à Santíssima Virgem o fruto espiritual do jubileu. “Eu o faço assumindo os termos de uma antífona que a Igreja canta há séculos: Mãe Santa do Redentor, que sois Porta sempre aberta do Céu e Estrela do Mar; socorre ao povo que cai e procura levantar-se, tu que diante da admiração da natureza engendraste ao teu santo Criador. Virgem sempre, antes e depois: ao receber aquele Ave que te cantamos com o Anjo, tem misericórdia dos pecadores”, concluiu. (GPE/EPC)

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