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Arquidiocese de Singapura recorda na Quaresma o dever de carregar a própria Cruz

Singapura (Quarta-feira, 02-03-2016, Gaudium Press) Como parte da preparação espiritual dos crentes para a comemoração do Mistério Pascal, a Arquidiocese de Singapura publicou em sua página web um artigo sobre o significado e benefícios espirituais do chamado de Cristo a carregar a própria Cruz. No texto, o Padre Luke Fong rejeitou a mentalidade atual que rejeita qualquer incômodo e sentimento de culpa, chegando ao extremo de buscar como bom o escandaloso ou nocivo.

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O Padre Fong, inspirado no livro “Jesus: uma Peregrinação” do sacerdote James Martin, resumiu seis significados e benefícios de aceitar as próprias dificuldades e limitações, ao aplicar o mandato de Cristo: “Se alguém quer me seguir, negue-se a si mesmo, tome sua Cruz de cada dia, e me siga”.

Carregar nossa Cruz nos ajuda a aprofundar

O primeiro significado deste seguimento é “aceitar que o sofrimento é parte de nossas vidas”, recordou o sacerdote. “Estamos em uma grande negociação sobre esta verdade, e quando vemos as cruzes em nossas vidas tratamos de orar para distanciá-las ou para que tomem outras formas que cremos serão muito mais manejáveis”. O autor aconselhou aceitar realidades como a frustação, a decepção, a dor, ou o infortúnio, já que se não são aceitas não a poderemos carregar sem amargura.

Um segundo sentido do carregar a Cruz é lutar contra a tendência de transmitir nossa amargura a outros. Esta inclinação é comum e pode ser sutil. “Carregar a Cruz não nos dá permissão de impôr tristeza e cargas aos outros”, recordou o Padre Fong. “Jesus, no caminho ao Calvário não teve nada disso em seu coração. Carregar a Cruz, afirmou como terceiro ponto de seu escrito, permite ao crente deixar que certas partes dele morram, através da renúncia ao que parece atrativo mas conduz a ruptura e a falsidade. Consequentemente, e como quarto aspecto, carregar a Cruz é esperar a ressurreição, já que a vida não termina no temporal. “Necessitamos esperar, alimentar a virtude da paciência, aceitar estas sinfonias inconclusivas de nossas vidas”, indicou.

O quinto aspecto de carregar a Cruz destacado pelo Padre Fong é “ver como presentes as coisas que não esperamos”. Deus não nos concede em muitas ocasiões as coisas que pedimos, mas as coisas que necessitamos, pelo qual ainda que tenhamos uma noção da forma de ressurreição que esperamos em nossas cruzes, em realidade devemos estar abertos à surpresa para descobrir a ação de Deus Finalmente, carregar a Cruz é crer que nada é impossível para Deus. “Não importa que tipo de sofrimento estamos enfrentando”, afirmou o Padre Fong. “A Fé em desejar carregar a Cruz com uma energia como a de Cristo necessariamente significa que aceitamos que Deus é maior que nossa débil imaginação humana. Poder viver em confiança inclusive nesses obscuros momentos é crer na ressurreição. (GPE/EPC)

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