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As Missionárias da Caridade morreram como mártires: Vigário Apostólico da Arábia do Sul

Abu Dhabi – Emirados Árabes (Terça-feira, 08-03-2016, Gaudium Press) O Vigário Apostólico da Arábia do Sul, Dom Paul Hinder, o prelado com jurisdição sobre a região onde foram assassinados quatro religiosas Missionárias da Caridade, afirmou que em seu parecer as Irmãs reúnem as condições para ser eventualmente declaradas mártires por parte da Igreja.

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“Não há dúvida que as Irmãs foram vítimas de ódio contra nossa Fé”, indicou a agência ACI. “Quando digo que ‘morreram por ódio a Fé’ quero dizer que as Missionárias da Caridade morreram como mártires: como mártires da caridade, como mártires porque testemunharam a Cristo e compartilharam muito de Jesus na Cruz”.

“Dar sem calcular o custo”

As Irmãs forma atacadas enquanto serviam o café da manhã a um grupo de anciãos e deficientes que atendiam, e segundo o Vigário Apostólico já tinham assistido a Missa e realizado sua oração da manhã. O prelado compartilhou o texto de uma das orações empregadas pela comunidade e que fizeram parte das últimas recitadas pelas vítimas no dia de sua morte.

“Senhor, ensina-me a ser generoso”, suplica a oração. “Ensina-me a servir-te como mereces; a dar e não calcular o custo, a lutar e não prestar atenção às feridas, a esforçar-me e não buscar descanso, a trabalhar e não pedir recompensa, exceto saber que faço tua vontade”.

Dom Hinder explicou que na região existem graves ameaças por parte de grupos radicais que “não suportam a presença de cristãos que servem aos mais pobres dos pobres”, ainda que a comunidade local em geral aprecia o trabalho das Missionárias da Caridade. “Seria muito difícil não ver que este fato foi motivado por uma mente religiosa confundida; simplesmente não podemos encontrar outra razão”, expressou.

Sobre o futuro das comunidades de crentes no Iêmen em meio da instabilidade social e a violência, o prelado indicou que “os poucos católicos que existem no país não terão outra opção que ser o mais discreto possível e esperar até que a paz se restabeleça”. (GPE/EPC)

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