Gaudium news > Páscoa: “Festa da vida”, ela contrapõe-se à eutanásia e ao suicídio assistido, proclama Bispo de Coimbra

Páscoa: “Festa da vida”, ela contrapõe-se à eutanásia e ao suicídio assistido, proclama Bispo de Coimbra

Coimbra – Portugal (Terça-feira, 29/03/2016, Gaudium Press) – Na Sé Nova de Coimbra, D. Virgílio Antunes, bispo de Coimbra, durante sua homilia do Domingo de Páscoa estabeleceu uma relação “forte e atual” da “mensagem” entre a Páscoa e as discussões sobre “eutanásia e suicídio assistido”, uma vez que a Páscoa é “festa da vida de Cristo e da vida dos homens”.

Dom Virgílio, citando a Nota Pastoral ‘Eutanásia: o que está em causa? Contributos para um diálogo sereno e humanizador’, do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa, afirmou:

“À luz da paixão e morte do Senhor, toda a vida humana tem sentido e tem valor, pois toda ‘a vida humana é sempre merecedora de proteção, porque um bem em si mesma e porque dotada de dignidade em qualquer circunstância'”,

No texto de sua homilia que foi distribuído à Imprensa, o Bispo de Coimbra, a partir do documento do episcopado, faz um alerta de que não é pelo fato da vida de alguém estar “permeada pelo sofrimento ou em situações de total dependência dos outros, que deixa de ter sentido ou perde dignidade”.

Ainda citando a nota pastoral do episcopado de Portugal, Dom Virgílio Antunes, observou que, à simples luz da razão, pode-se igualmente afirmar que o “valor intrínseco da vida humana, em todas as suas fases, está profundamente enraizado na cultura e tem, inegavelmente, a marca judaico-cristã”.

A vida tem um valor eterno

Desde o púlpito da Sé Nova de Coimbra, D. Virgílio Antunes referiu que com os apóstolos, “testemunhas dos sinais da ressurreição”, todos são “convidados a pregar ao povo”.

E o Prelado ensinou que quando existe afeição pelas “coisas da terra” não parece prioritário anunciar o Evangelho do Ressuscitado e, nessa altura, proclama-se “simplesmente a necessidade de melhorar as condições materiais e espirituais da vida humana”, disse Dom Virgílio que continuou ensinando em sua prédica:

“O modo como Jesus se apresenta, as atitudes que toma, a totalidade da sua pessoa, mostram algo que não passa despercebido aos seus discípulos e que lhes aparece como algo verdadeiramente arrebatador: Não serve viver de qualquer maneira, não tem o mesmo valor estar na vida de qualquer forma, mas a vida tem sempre um valor eterno”.

Para que todos vivam: Morre um

O bispo acentuou que a ressurreição de Jesus constituiu-se na “prova do poder de Deus”, que é “amor em favor da vida”:

“Grande paradoxo do amor divino permitir que morra um para que todos vivam, a atestar que estava disposto a passar pelo sofrimento maior para que se não perdesse nenhum daqueles que amava e que ama com amor eterno. “

As palavras do Bispo dão continuidade a seu pensamento na Vigília Pascal, quando ele afirmou que ao “contrário das vãs glórias dos homens” que se centram em si mesmos, “exaltam-se e promovem-se diante dos outros homens”, Deus volta-se para as pessoas por quem “perde tudo, dá-se e põe-se ao serviço”.

Para Dom Virgílio, “Esta radical inversão de projetos e objetivos dá origem a novos ideais de vida e faz mudar perspectivas e caminhos, sonho que sentimos ser tão necessário no nosso tempo, na Igreja e na sociedade em que vivemos”. Uma vez que, segundo o bispo, “tudo” o que se faz em favor dos outros, “para que sejam felizes, sintam a força da esperança, se sintam amados e consolados nas suas tribulações”, glorifica a Deus e “enobrece a humanidade” de cada pessoa. (JSG)

Deixe seu comentário

Notícias Relacionadas