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Movimento Brasil sem Aborto reúne mais de três mil pessoas em Brasília contra legalização do aborto

Brasília (Terça, 01-09-2009, Gaudium Press) O Movimento Brasil sem Aborto realizou no último domingo em Brasília a terceira edição da Marcha Nacional da Cidadania pela Vida, informou a versão online do Diário do Nordeste. O objetivo da mobilização foi protestar contra a possibilidade de mudanças na legislação para descriminalizar o aborto, em discussão no Congresso Nacional e no Supremo Tribunal Federal (STF).

O movimento é formado por organizações não governamentais e entidades ligadas à Igreja Católica. Na última sexta-feira (28), o Ministério da Cultura suspendeu repasse de R$113 mil que havia sido autorizado para o evento, o que gerou críticas dos organizadores.

Em nota, o ministério diz que houve “omissão de informação na apresentação do projeto”, que não deixava claro que a marcha se tratava de uma manifestação promovida contra o aborto.

A organização do evento se defende e afirma que o projeto estava claro ao propor ações culturais em defesa da vida, além de ter sido aprovado sob os aspectos técnicos e jurídicos pelo Ministério da Cultura. Na avaliação do Movimento Brasil sem Aborto, a suspensão do patrocínio é um ‘cerceamento da liberdade de expressão e demonstra parcialidade do governo em relação ao tema’.

Matriz mais forte

Um dos organizadores da caminhada, o coordenador do Projeto Cultura, Cidadania e Vida, Jaime Ferreira Lopes, diz acreditar que o aborto é a “matriz mais forte” de todos os tipos de violência, por isso a necessidade de manifestações coletivas contra a prática.

“O enfoque é na defesa da vida e na cultura da paz e, o aborto, sendo uma prática da violência que atinge a mulher e o ser em gestação, será trabalhado”, disse Lopes ao jornal.

Para ele, o tema aborto tem sido “razoavelmente” discutido no Brasil. “Vivemos em uma sociedade democrática em que as pessoas podem colocar seus pontos de vista. O debate está colocado, mas não está finalizado”, afirmou. “Podemos multiplicar as mortes por dois. Morre também outro ser humano, além da mãe, que é o feto”, continuou, em clara crítica à prática do aborto.

Elba Ramalho

A caminhada foi encerrada com uma apresentação da cantora Elba Ramalho. Entidades feministas chegaram a assinar uma nota de protesto pedindo que a artista não participasse do evento – alguns veículos da imprensa informam que a cantora teria feito um aborto quando era jovem, ato que, hoje, Elba diz que jamais faria.

 

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