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Novos bispos brasileiros em visita “Ad Limina” são recebidos pelo Papa

Castel Gandolfo (Sexta, 04-09-2009, Gaudium Press) Cinco novos bispos brasileiros foram recebidos em audiência pelo Papa Bento XVI dando prosseguimento à visita Ad Limina do episcopado do Brasil ao Santo Padre. O Papa recebeu o grupo no Palácio Apostólico de Castel Gandolfo, onde ainda se encontra em fins de férias.

Os bispos que se encontraram hoje com Bento XVI também pertencem à região oeste 1 e 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), São eles: o bispo de Três Lagoas, dom José Moreira Bastos Neto; o arcebispo de Cuiabá, dom Mílton Antônio dos Santos; o bispo de Barra do Garças, dom Protógenes José Luft; o bispo de Diamantino, dom Canísio Klaus; e o bispo de Guiratinga, dom Derek John Christopher Byrne.

Dom Geraldo

Enquanto parte do episcopado se encontrava com o Papa em Castel Gandolfo, dom Geraldo Lyrio Rocha, presidente da CNBB, também em Roma para a visita “Ad Limina”, deu uma longa entrevista hoje à Radio Vaticana na qual comenta os principais desafios da Igreja no Brasil.

Um dos primeiros pontos abordados por dom Geraldo foi o crescimento de “seitas fundamentalistas” e de religiões neo-pentecostais. Segundo ele, é um efeito de ordem cultural e histórica, no qual se inclui ainda a questão do crescimento do ateísmo e do relativismo, pelo qual passam também as nações mais desenvolvidas. Contra isso, ele destaca o trabalho feito por comunidades eclesiais de base, especialmente entre a população mais pobre.

Dom Geraldo também falou que o trabalho do episcopado brasileiro com o documento de Aparecida, que ressalta principalmente a necessidade do labor missionário, está sendo o de traduzir esse significado e incutir uma “conversão pastoral”, passando de “uma pastoral de conservação para uma pastoral missionária”. Segundo ele, as missões estão sendo fortalecidas especialmente na região amazônica, “onde os meios humanos e materiais são muito escassos”.

Sobre a situação da pastoral juvenil, dom Geraldo afirma que é necessário dialogar com os jovens de maneira urgente. Ele acredita que a Igreja deve ter muita fidelidade à sua missão, mas também deve estar “atenta e ter muita abertura aos novos tempos”. Da mesma forma, diz que a igreja brasileira, assim como a Igreja da América Latina, também investe na pastoral familiar, “em diversos níveis”. Para o presidente da CNBB, as diversas leis em votação no parlamento, “contra a vida e família”, são como em outras nações o maior desafio do episcopado brasileiro nesse quesito.

Entre os outros tópicos abordados pelo presidente do episcopado nacional estão a questão dos povos indígenas, uma antiga bandeira da CNBB, os esforços no combate à corrupção no Estado – como a recente campanha da Ficha Limpa, pelo banimento, da corrida eleitoral, de parlamentares que tenham tido pendências com a justiça – e a ótima acolhida à última encíclica do Papa Bento XVI, Caritas in Veritate, pelos diversos meios de opinião pública e círculos eclesiais.

 

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