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Cidade do México, local perigoso para exercer Ministério sacerdotal

Cidade do México (Quarta-feira, 09-08-2017, Gaudium Press) Com o título acima, a Rádio Vaticano publicou uma matéria em sua edição desta quarta-feira, 09/08, que mostra uma descrição do perigo que traz ser um sacerdote nos dias de hoje, no México.

O raio-X da situação é alarmante. E é a descrição de uma situação concreta que se chega depois de ser lida uma análise elaborada pelo Centro Católico Multimedial.

Assassinatos, roubos, bombas

Para a Rádio Vaticano, baseando-se no relatório do Centro Católico Multimedial, com a morte do sacerdote José Miguel Machorro, apunhalado na Catedral Metropolitana em 15 de maio, a Cidade do México revela-se como a metrópole mais violenta e insegura para sacerdotes e religiosas.

Aos assassinatos, somam-se roubos em templos e conventos, sem falar na explosão de uma bomba na sede da Conferência Episcopal Mexicana.

“Informe sobre a violência no México contra sacerdotes”

Segundo o “Informe sobre a violência no México contra sacerdotes”, a capital é a cidade mais perigosa para exercer o sacerdócio, superando Guerrero e Veracruz, onde foram assassinados oito sacerdotes nos últimos 26 anos.

O informe aponta que nos últimos meses, sacerdotes e religiosas da Arquidiocese do México têm sido vítimas da delinquência comum, como pequenos roubos, mesmo dentro das igrejas, e que não costumam ser denunciado às autoridades. Mas há incidentes mais graves, como a tentativa de assassinato do sacerdote Juan Botello, ocorrido em julho em Iztacalco.

Sacerdotes assassinados na Cidade do México desde 1994

A nota mostra uma relação de sacerdotes que foram mortos desde 1994:
1994 – Fray Abdias Díaz, da Ordem dos Missionários de Guadalupe, atacado com requintes de crueldade em 2 de dezembro, no sul da Cidade do México.

2006 – Diácono Juan Francisco Castrejón, de 34 anos, assassinado com dois tiros em 27 de fevereiro, quando circulava a bordo de seu automóvel.

2007 – Missionário Ricardo Junious Sanders, de 76 anos, assassinado em 28 de julho na Paróquia de Nossa Senhora de Guadalupe, em colônia San Rafael.

2008 – Padre Julio César Mendoza Acuña, de 33 anos, assassinado por dois indivíduos em 2 de maio. Era pároco da Iglesia Nossa Senhora de Fátima, Venustiano Carranza.

2010 – Presbítero José Luis Parra Puerto, de 50 anos, assassinado em 27 de abril por dois indivíduos ao sair de uma reunião.
Seu cadáver foi encontrado em Nezahualcóyotl, Estado de México. Ele era Vigário em Asunción Sagrario Metropolitano, Catedral Metropolitana.

2010 – Religioso Francisco Escamilla Sánchez, Diretor do Colégio Instituto Marista México, de 42 anos, assassinado em 2 de fevereiro. Motivações do crime desconhecidas.

2011 – Sacerdote José Francisco Sánchez Durán, 60 anos, assassinado em 26 de abril, vítima de latrocínio. Era encarregado da Igreja “Patrocinio de San José”, colônia Educación, Coyoacán.

2011 – Sacristão Luis Miguel Islas de 54 anos, do templo “la Conchita”, de Zapotitlán, Tlahuac, assassinado com cinco tiros na cabeça, disparados por um indivíduo que tentou roubar a caminhonete que transportava artigos religiosos.

Episódios violentos registrados em 2017

Quando não há morte, acontecem violências e crimes contra o patrimônio. O relato nos informa sobre 2017:

12 de janeiro – Roubo na Reitoria de Nossa Senhora de Covadonga, em Lomas de Chapultepec. Três homens aramados furtaram alguns objetos e o dinheiro obtido com serviços religiosos do dia.

15 de maio – Padre José Miguel Machorro, apunhalado na Catedral Metropolitana, faleceu em 3 de agosto.

3 de julho – Homens armados invadiram a casa parroquial na colônia Juventino Rosas, agredindo o sacerdote Juan Botello. Antes de fugir, levaram o dinheiro vindo da coleta das missas. O assalto não foi denunciado.

25 de julho – Explosão de uma bomba na entrada da sede da Conferência Episcopal mexicana, localizada junto à Basílica. (JSG)

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