Gaudium news > Perseguição aos cristãos no mundo alcança seu ponto mais alto

Perseguição aos cristãos no mundo alcança seu ponto mais alto

Nova York – Estados Unidos (Sexta-feira, 20-10-2017, Gaudium Press) O escritório norte-americano da Fundação Pontifícia Ajuda a Igreja que Sofre publicou seu informativo intitulado: “Perseguidos e Esquecidos?”, que trata sobre a perseguição aos cristãos nos anos 2015 a 2017. O texto revela um panorama preocupante sobre a violação da liberdade religiosa no mundo que, em vez de diminuir, apresenta suas cifras mais altas na atualidade.

Perseguição aos cristãos no mundo alcança seu ponto mais alto (1).jpg

“Em termos dos números das pessoas envolvidas, a gravidade dos crimes cometidos e seu impacto, está claro que a perseguição aos cristãos está pior hoje que em qualquer momento da história”, destacou o informativo. “Não apenas os cristãos são mais perseguidos que qualquer outro grupo de Fé, mas também os números são sempre crescentes e está se experimentando as piores formas de perseguição”. O estudo analisa os dados de 13 países com situações especialmente preocupantes. “Em quase todos os países revisados, a situação para os cristãos se deteriorou desde 2015 como resultado da violência e da opressão”, revela o informativo em suas primeiras conclusões. “Isto é especialmente significativo dada a taxa de deterioração no lapso imediato do período sob revisão. A única exceção é a Arábia Saudita, onde a situação já era tão má que poderia escassamente tornar-se pior de alguma maneira”.

O relatório indica que o êxodo dos cristãos no Iraque continua sendo severo, apesar de que existem esperanças do retorno das comunidades, situação que é compartilhada por lugares como Alepo, Síria, onde apesar de haver sinais de recuperação a emigração dos fiéis põem em perigo a continuidade da presença cristã local. As ações dos governos e a comunidade internacional foram insuficientes para evitar o genocídio contra os cristãos, cujas povoações não poderiam resistir a nenhum ataque mais.

Em países como a Índia, o surgimento de um extremismo induísta e nacionalista significou o marcado incremento da perseguição, enquanto que na China se registrou o endurecimento das políticas estatais em matéria religiosa que significou a demolição de templos e símbolos religiosos em várias regiões do país. Casos de estudo como a recente tomada de Marawi por parte de forças extremistas de inspiração islâmica e a subsequente profanação da Catedral e o sequestro de um sacerdote e vários fiéis ilustram a atualidade dos urgentes chamados pelo respeito à liberdade religiosa dos crentes no mundo.

A Fundação Pontifícia reclamou a adequada informação à opinião pública sobre os fatos de perseguição e a escala do problema a nível global, sobretudo quando “em muitos casos o genocídio e outros crimes contra a humanidade agora significam que a Igreja em países e regiões enfrenta a possibilidade de uma erradicação iminente”. A realidade da perseguição e o sofrimento dos fiéis não deveria ser uma consideração secundária diante de uma análise estratégica de tipo político e econômico, mas uma preocupação primordial do Ocidente. “Ao dar testemunho do sofrimento dos cristãos, este relatório traz luz sobre a perseguição e recorda as pessoas de consciência que o clamor dos fiéis nunca deveria ter esquecido”. (EPC)

Deixe seu comentário

Notícias Relacionadas