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A importância de resgatar a Arte Sacra destruída pelo terremoto no México

México – Cidade do México (Sexta-feira, 23-02-2018, Gaudium Press) Por ocasião da festividade do pintor italiano e Beato Fra Angélico, padroeiro dos artistas -que ocorre no dia 18 de fevereiro- a Comissão de Arte Sacra da Arquidiocese Primaz do México organizou uma celebração Eucarística na Catedral Metropolitana com a presença de artistas de diversas especialidades e arquitetos. A Missa foi presidida pelo Padre Armando Ruiz, especialista em arte sacra.

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Durante a homilia, o sacerdote -que é mencionado em nota emitida pelo Sistema Informativo da Arquidiocese do México (SIAME) -recordou algumas reflexões do Papa Francisco durante sua visita ao México em fevereiro de 2016: “O Papa (…) nos fez refletir que devemos construir, conservar, restaurar e, durante a Quaresma, também se referiu à terra que sofre pelos desperdícios que lançamos sobre ela e as montanhas de lixo que a alteram”.

Ao finalizar a Missa, vários dos artistas e arquitetos participantes falaram sobre a importância de resgatar a Arte Sacra, sobretudo após os terremotos que no último ano afetaram mais de dois mil templos em todo o México.

“É responsabilidade de cada mexicano e de cada cristão, e também das autoridades, cuidar da herança que nos foi deixada e, sobretudo, com os valores da estética, da arte e da funcionalidade litúrgica que possuem”, assinalou o historiador Jean Mayer.

Algo similar opinou a pintora Carmen Parra, que disse que é importante preservar a arte sacra após os terremotos, pois “estamos conservando nossa alma, nossa essência”.

A este respeito, o arquiteto Xavier Cortés Rocha, comentou que já as autoridades e vários especialistas estão trabalhando, estudando os danos patrimoniais causados pelos terremotos, especialmente em algumas igrejas históricas que foram muito afetadas.

Um tema do qual aprofundou o Padre José de Jesús Aguilar, Diretor da Comissão de Arte Sacra da Arquidiocese do México: “Em nosso caso, nos toca lutar pelos que se encontram na Cidade do México (…) não se pode fazer nenhum trabalho até que não haja uma decisão final”.

Comentou que atualmente o processo de recuperação se encontra em uma primeira etapa, que consiste justamente na avaliação preliminar dos danos causados. “A partir do resultado desta avaliação serão feitos pressupostos e se definirão os trabalhos específicos de cada lugar”, assegurou o sacerdote, que também assinalou que é necessário ser paciente, mas que o importante é que se trabalhe.

Disse também que os gastos que serão necessários para a recuperação dos templos virão não apenas da federação, mas será necessário “convidar os fiéis, a iniciativa privada e os governos locais para que colaborem”.

Um dos templos afetados foi precisamente a Catedral Metropolitana do México, que apresentou danos em seus campanários e as torres sofreram algumas avarias estruturais, que fizeram necessário reforçá-las. Também se apresentaram diferentes fissuras em pisos e paredes.

De acordo com as Autoridades de Lugares e Monumentos da Secretaria Cultural, a Catedral já foi revisada de maneira minuciosa de acordo com protocolos estabelecidos garantindo a segurança dos fiéis. (EPC)

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