‘Sã inquietude’ para os jovens: a proposta do Papa na Audiência Geral
Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 13-06-2018, Gaudium Press) Diante de cerca de 20 mil pessoas reunidas na Praça São Pedro para a Audiência Geral desta quarta-feira, 13/06, deu início a uma nova série de catequeses. Desta vez ele falará dos Dez Mandamentos da Lei de Deus.
Introduzindo a nova temática, o Papa repassou um trecho do Evangelho de São Marcos, que recorda o episódio daquele homem que, foi a Jesus e perguntou:
“Bom Mestre, que devo fazer para ganhar a vida eterna? “.
Jesus lhe respondeu citando os mandamentos; abriu um processo pedagógico procurando guiá-lo até àquilo que lhe faltava. Mas o homem respondeu:
“Mestre, tudo isso eu tenho observado desde a minha juventude”.
Inquietude e procura da vida plena
O Papa logo perguntou: “Quantos jovens querem ‘viver’ e se destroem correndo atrás de coisas efêmeras? ” e logo também respondeu:
“Alguns pensam que seja melhor apagar este impulso, pois é perigoso. Gostaria de dizer especialmente aos jovens: ‘Nosso maior inimigo não são os problemas concretos, mesmo sérios ou dramáticos. O maior perigo é o espírito de adaptação ruim, que não é mansidão ou humildade, mas mediocridade ou covardia. A vida do jovem é ir avante, ser inquieto: a inquietude salutar, a capacidade de não se contentar de uma vida sem beleza, sem cores. “
Em seguida fez outra pergunta e também a respondeu:
” Se os jovens não forem famintos de vida autêntica, para onde irá a humanidade? “
Francisco explicou que a passagem da juventude à maturidade se dá quando iniciamos a aceitar nossos limites; quando tomamos consciência daquilo que falta… E nos últimos séculos, a história nos mostra uma verdade que o homem muitas vezes se recusou a enxergar e que causou consequências trágicas: a verdade de seus limites.
Jesus fita o jovem e responde com amor
Mas para alcançar ‘aquilo que falta’, deve-se partir da realidade. E Jesus, fitando aquele homem com amor, lhe dá a resposta:
“Só te falta uma coisa: vai, vende tudo o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me”, ou seja, pára de viver de si mesmo, de suas obras e de seus bens, deixar tudo para seguir o Senhor: a perfeição, o pleno cumprimento.
O Original e a Cópia
Quem, podendo escolher entre o original e a cópia, opta pela cópia?
“Este é o desafio: encontrar o original. Jesus não oferece substitutos, mas vida verdadeira, amor verdadeiro, plenitude de vida. É preciso perscrutar o ordinário para nos abrirmos ao extraordinário”. (JSG)
(Da Redação Gaudium Press, com informações VaticanNews)
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