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Sob a proteção de Nossa Senhora do Carmo

 

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Há certas coincidências na vida que nos fazem pensar… sobretudo quando dizem respeito ao modo pelo qual Deus nos acompanha mostrando-nos seu carinho e proteção. Assim, quem analisa essas coincidências com olhos de fé, acaba por dar-lhes outro

nome: elas são a mão da Providência. Sim, porque se nem um só fio de cabelo cai de nossa cabeça sem que o Pai Celeste o saiba, muito menos podemos pensar que é “por acaso” que Ele nos concede graças e favores especiais.

Sucedeu a certo menino brasileiro receber as águas do Batismo numa basílica que leva o título de Nossa Senhora do Carmo. Ao crescer um pouquinho, este menino se tornou coroinha na mesma igreja. Naturalmente – ou, melhor diríamos, providencialmente… – ele foi pouco a pouco adquirindo um amor especial pela Mãe de Deus sob a invocação do Carmo.

Os padres carmelitas, que já lhe eram tão familiares, se tornaram ainda mais próximos quando ele ingressou no Colégio Santo Alberto, que funciona nas dependências do velho Convento do Carmo, em São Paulo. Aliás, essa relação com Nossa Senhora do Carmo já existia, por assim dizer, antes mesmo que ele nascesse, pois seu pai e seu avô eram naturais da cidade mineira de Carmo do Rio Claro, cuja catedral é dedicada também à Virgem do Carmelo.

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E ainda poderíamos enumerar muitas outras “coincidências” entre o Carmo e Dr. Maurício José Lemos Freire – pois é ele o menino de quem falamos, hoje delegado de Polícia de São Paulo. Ele mesmo faz questão de frisar uma dessas especiais marcas da mão de Deus em sua vida, a qual corresponde à admiração que nutre por Mons. João Scognamiglio Clá Dias, EP, fundador dos Arautos do Evangelho, cuja ordenação sacerdotal realizou-se na Basílica do Carmo, em São Paulo, bem como seu carinho pela casa-mãe do ramo feminino dos Arautos, que leva o nome de Nossa Senhora do Monte Carmelo. À vista de tudo isso, vale a pena reavivar a lembrança de alguns traços da origem da devoção a Nossa Senhora do Carmo.

Voltemos nossa imaginação aos longínquos séculos que precederam a vinda de Cristo ao mundo. Numa pequena elevação do Oriente Médio, o Monte Carmelo, reza um respeitável ancião. Seu nome é Elias. Ele acaba de ter um terrível confronto com os
sacerdotes pagãos, adoradores do deus Baal, e agora roga a Deus por um precioso dom que há muito não é concedido àquela região: a chuva. Já seis vezes seu servo foi verificar o horizonte na direção do mar, para observar se há sinal de tempestade, e nada… Na sétima vez, entretanto, o servo diz: “Eis que sobe do mar uma pequena nuvem, do tamanho da palma da mão” (1Rs 18, 44). O profeta Elias não duvida, e anuncia que virá forte temporal. E “num instante, o céu se cobriu de nuvens negras, soprou o vento e a chuva caiu torrencialmente” (1Rs 18, 45).

Segundo reza uma bela tradição na Igreja, aquela “pequena nuvem” indicativa da chuva prefigurava Nossa Senhora. Ao vir ao mundo, Ela faria “chover” sobre os homens o Justo esperado, Nosso Senhor Jesus Cristo, e uma torrente de graças que eles obteriam por sua maternal intercessão. E, como é bem compreensível, o profeta Elias mereceu a glória de ser considerado o seu primeiro devoto.
Os homens que, tempos depois, tomariam Elias como exemplo de recolhimento e oração e passariam a viver em comunidade no Monte Carmelo, seguindo um estilo de vida contemplativo, foram os responsáveis por tornar essa devoção mais conhecida, até
chegar a nossos dias. 

A festa de Nossa Senhora do Carmo é comemorada a 16 de julho, e a de Santo Elias no dia 20 desse mesmo mês. (PJS)

 

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