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Arcebispo da Uganda denuncia recrutamento de crianças-soldado no continente

Cidade do Vaticano (Quarta, 14-10-2009, Gaudium Press) “Essa é a violência perpetrada pelos soldados das forças rebeldes do Exército da Resistência do Senhor (LDA, na sigla em inglês), que nos últimos anos têm aterrorizado o povo a particularmente as crianças ugandesas”, acusou o arcebispo de Gulu, na Uganda, mons. John Baptist Odama, referindo-se ao recrutamento de crianças-soldado. Segundo ele, que se manifestou durante a congregação de ontem do Sínodo dos Bispos para a África, as forças do LRA também aliciaram meninas como escravas sexuais, “arruinando suas esperanças e seu futuro”.

A 13ª congregação geral do II Sínodo dos Bispos para a África foi realizada na manhã desta terça (13) e contou com a participação de 222 padres sinodais, além do Papa Bento XVI.

Segundo o arcebispo de Gulu, o problema das crianças aliciadas para a guerra civil está presente em mais de um país da África, sendo mais frequente na República Democrática do Congo, no sudeste do Sudão e na África Central.

Além da realidade das crianças-soldado abordada por mons. Odama, voltaram ao tema das intervenções dos padres sinodais questões recorrentes nos últimos dias de discussões, como reconciliação, jovens, comissões de Justiça e Paz, ajuda de países ricos, a necessidade da educação das mulheres em Teologia e Direito Canônico, doutrina social da Igreja, formação cristã, importância do laicato, falta de acesso à comida, água, serviços de saúde, entre outros.

Para mons. Odama, é preciso mitigar o crescimento dessas formas de violência “clamando por uma ética consistente, pelo respeito à vida e dando testemunho especialmente aos direitos das mulheres, na sua dignidade dada por Deus”.

Na tarde de ontem foi apresentado também o “Relatório após as discussões”, que dá início a uma nova etapa dos trabalhos sinodais.

 

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