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Papa fala da missão da Igreja a 150 novos Bispos, na Sala do Consistório

Cidade do Vaticano (Quinta-feira, 13-09-2018, Gaudium Press) O Papa Francisco recebeu em audiência cerca de 150 novos bispos que participam do curso promovido pela Congregação para os Bispos e que termina hoje.
O encontro foi realizado na Sala do Consistório, no final da manhã de hoje, quinta-feira, 13 de setembro.

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Discurso

Relembrando a todos o que é o presente precioso de Deus que receberam ao entrar no ministério episcopal, Francisco disse que quase “por acaso” encontraram “o tesouro da vida”:

“Vocês não são resultado de um escrutínio meramente humano, mas de uma escolha do Alto. Por isso, de vocês se exige não uma dedicação intermitente, uma fidelidade em fases alternadas, uma obediência seletiva, mas vocês são chamados a se consumar noite e dia.”]

Responder ao Povo de Deus

Francisco observou a necessidade de ficar sempre vigilante “quando a luz desaparece” ou quando surgem as tentações.

É preciso ser fiel inclusive quando, no calor do dia, diminuem “as forças da perseverança”. E isso porque o povo de Deus tem o direito de encontrar “nos lábios, no coração e na vida” dos bispos a mensagem tão esperada oferecida pela “paternidade de Deus”, disse ele.

“A Igreja não énossa, -afirmou o Pontífice- mas é de Deus! Ele veio antes de nós e estará depois de nós! O destino da Igreja, do pequeno rebanho, é vitoriosamente escondido na cruz do Filho de Deus. Os nossos nomes estão esculpidos no seu coração; a nossa sorte está nas suas mãos”.

Francisco continuou:

“Cristo seja a alegria de vocês, o Evangelho seja o nutrimento”, principalmente diante das famílias que frequentam as paróquias.
” Lá, onde nos corações há a frágil, mas indestrutível certeza que a verdade prevalece, que amar não é vão, que o perdão tem o poder de mudar e de reconciliar, que a unidade vence sempre a divisão, que a coragem de esquecer si próprio para o bem do outro é mais satisfatório do que a primazia intangível do eu. “

Em suas palavras o Papa apontou para um ministério perseverante diante das próprias comunidades dos bispos, onde “o bem normalmente não faz barulho, não é tema dos blogs e não aparece nas primeiras páginas”.

“Esposa para amar, virgem para proteger, mãe para fazer fecunda”

Para Francisco, “este é o objetivo da Igreja: distribuir no mundo este vinho novo que é Cristo. Nada pode nos desviar dessa missão.

Temos necessidade contínua de odres novos (Mc 2,22), e tudo aquilo que fazemos não é nunca suficiente para nos tornar dignos do vinho novo que são chamados a conter e a distribuir. Mas, justamente por isso, os recipientes saibam que sem o vinho novo serão, de qualquer forma, jarros de pedra fria, capazes de recordar a falta, mas não de doar a totalidade. Nada os distraia dessa meta: doar a totalidade! “

Foi a essa altura que o Papa Francisco enfatizou que a santidade -consciente- não deve ser fruto do isolamento e aconselhando que os bispos acolham a Igreja, como “esposa para amar, virgem para proteger, mãe para fazer fecunda”; num terreno que precisa “ser fértil para a semente do Verbo e jamais pisado por javalis” (Sal 80,14).

Igreja Mais Santa 

O Pontífice encerrou suas palavras alertando os bispos para que se perguntem o que podem fazer para tornar mais santa a Igreja:

“Por isso, insisto para que não se envergonhem da carne das suas Igrejas. Entrem em diálogo com os seus questionamentos. Peço uma atenção especial ao clero e aos seminários. Não podemos responder aos desafios que temos em relação a eles sem atualizar os nossos processos de seleção, acompanhamento, análise.” (JSG)

(Da Redação Gaudium Press, com informações Vatican News)

 

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