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Iniciam em Roma ciclos de catequese sobre a santidade

Cidade do Vaticano (Quinta-feira, 11-10-2018, Gaudium Press) ‘É possível hoje aspirar a santidade?’, esta foi uma das perguntas que tentou responder o Cardeal Angelo De Donatis, Vigário do Papa para a Diocese de Roma, ao abrir o ciclo de catequeses mensais sobre a santidade na Basílica de São João de Latrão.

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Inspirado na exortação apostólica ‘Gaudete et exsultate’ do Papa Francisco, o purpurado refletiu sobre os desafios que representa hoje o chamado à santidade, indicando que atualmente o próprio termo ‘santidade’ se entende por alguns como “uma palavra obsoleta, distante da linguagem comum”, e que em geral os cristãos não a utilizam, não dizem frases como ‘meu propósito na vida é ser Santo’.

A este respeito recordou que o Concílio Vaticano II “fez um chamado universal à santidade, um dos pontos mais qualificados de seu ensinamento, reiterando que esse chamado se dirige a todos”.

O Cardenal De Donatis assinalou que a santidade “é a mesma vida ordinária que experimentamos de maneira extraordinária porque é bela pela graça de Deus, pela ação do Espírito Santo recebido no Batismo. O fruto do Espírito é, de fato, uma vida vivida na alegria do amor, e nisto consiste a santidade”.

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“Não há condições particulares: a santidade não é prerrogativa de quem vive dedicado muito tempo à oração ou ao estudo teológico ou exercendo um particular ministério na Igreja, mas é aquela vida nova que por dom de Deus é concretamente possível a todos, nas ocupações de cada dia, onde cada um se encontra”, acrescentou o Vigário da Diocese de Roma.

Em outro momento, o Cardeal De Donatis disse que a santidade não é possível solitariamente, já que o “individualismo e a pretensão de autossuficiência não conduzem à vida verdadeira”. “Necessitamos dos demais, temos necessidade de sentir que nossa vida está inserida naquela do Povo de Deus, na que o Espírito de Deus derrama sua Santidade”.

Na ocasião também interveio Dom Marco Frisina, reitor da Basílica de Santa Cecilia a Trastevere, que disse: “Nestas reuniões mensais que faremos juntos, encontraremos aos amigos, porque os Santos são os amigos. Temos o costume um pouco de pensar nos Santos como imagens e, quiçá, um pouco habituados a iconografia barroca daqueles Santos olhando com os olhos na lua e com pose teatral. Mas os Santos eram pessoas normais, como nós”.

“Estas pessoas normais têm feito coisas extraordinárias com a Graça, e eram pessoas como qualquer um”, acrescentou.

Em seguida, afirmou: “O que o Senhor faz é belo: toma a pessoa com a graça, com o Espírito Santo a molda. Faz assim conosco, com cada um de nós. Porque o Senhor é um artista (…) O faz as coisas com o coração e com a originalidade, nunca faz uma coisa como a outra, nunca fará um Santo como qualquer outro”. (EPC)

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