Mais de dois milhões de devotos celebram o Círio de Nazaré em Belém

Pará – Belém (Segunda-feira, 15-10-2018, Gaudium Press) Mais de 2 milhões de peregrinos se reuniram na manhã do último domingo, 14, em Belém do Pará para participar da procissão do Círio de Nazaré, que este ano está em sua 226ª edição e segue o tema ‘Uma jovem chamada Maria’.

As celebrações foram iniciadas às 05h com uma Missa em frente à Catedral metropolitana de Belém, a Sé. Em seguida, a imagem peregrina partiu em procissão pelas ruas de Belém até a Basílica Santuário. Ao longo dos 3,6 quilômetros do percurso da procissão, os devotos realizam inúmeras manifestações de Fé e devoção à Rainha da Amazônia.

Durante a cerimônia, o Arcebispo de Belém, Dom Alberto Taveira, ressaltou a devoção mariana dos católicos, sobretudo dos paraenses: “Nascemos sobre a proteção da Virgem Maria, mãe de todos e, no Pará, essa Fé é um fio condutor dos católicos”.

Após mais de quatro horas e meia de procissão, a imagem de Nossa Senhora de Nazaré ingressou na Praça do Santuário. Ali, pela primeira vez, ela foi retirada da berlinda dourada e florida, e conduzida até o altar da Praça. Após a grande procissão, a imagem ficou exposta no altar, onde recebe a visita dos fiéis ao longo dos próximos 15 dias, período chamado de quadra nazarena.

O Círio de Nazaré é uma das maiores procissões católicas do mundo e é realizada há mais de dois séculos em Belém do Pará, reunindo milhões de devotos em uma caminhada pelas ruas da cidade com a imagem de Nossa Senhora de Nazaré.

Apesar de ser mais conhecido por sua procissão principal, o Círio inclui outras manifestações de devoção, como a trasladação, a romaria fluvial e diversas outras peregrinações e romarias que ocorrem ao longo do mês de outubro. Além disso, outros símbolos importantes presentes na festa são: a corda do Círio, que todos os anos é disputada pelos promesseiros; os carros de promessas; os mantos de Nossa Senhora; a Berlinda, que leva a pequena imagem no meio da multidão; e o hino “Vós sois o Lírio Mimoso”.

A grandiosidade e beleza da festa é tamanha que, em setembro de 2004, ela foi registrada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial. (EPC)