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Contra o vício de querer sempre ser o primeiro, o remédio está no serviço, diz Papa, no Angelus

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 22-10-2018, Gaudium Press)  Para o Papa Francisco
“O caminho do serviço é o antídoto mais eficaz contra a doença da busca dos primeiros lugares, é o remédio para carreiristas; esta busca dos primeiros lugares contagia muitos contextos humanos e não poupa nem mesmo os cristãos, o povo de Deus, também a hierarquia eclesiástica”.

Estas foram palavras proferidas pelo Papa Francisco em sua alocução aos peregrinos e fiéis que estavam na Praça São Pedro pra a recitação do Angelus no domingo, 21/10.

Francisco recordou que “o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como resgate para muitos”. O Papa explicou esta ideia afirmando que “o caminho do amor está sempre ‘em prejuízo’, porque amar significa deixar de lado o egoísmo, a auto-referencialidade, para servir os outros”.

“Por isso, como discípulos de Cristo, acolhamos este Evangelho como um chamado à conversão, para testemunhar com coragem e generosidade uma Igreja que se inclina aos pés dos últimos, para servir-lhes com amor e simplicidade.

Francisco disse que o trecho do Evangelho deste domingo (Mc 10, 35-45) descreve Nosso Senhor Jesus Cristo, com grande paciência, procurando corrigir seus discípulos: Jesus deseja que eles se convertam, que abandonem a mentalidade do mundo e se santifiquem.

O Evangelho descreve que a oportunidade para o Senhor ensinar os seus discípulos, corrigindo seus erros foi dada pelos irmãos Tiago e João, enquanto caminhavam para Jerusalém.

Os dois irmãos dirigiram-se ao Mestre pedindo: “‘Deixa-nos sentar um à tua direita e outro à tua esquerda, quando estiveres na tua glória!’ (v.37).

Eles seguiam o Senhor, mas ainda tinham seus corações carregados da mentalidade do mundo. Por isso a resposta de Jesus foi incisiva: “Vós não sabeis o que pedis” (v.38).

Enquanto os discípulos falavam de “tronos de glória” para sentar ao lado do Cristo Rei,
Jesus fala a eles de um cálice a ser bebido, de um “batismo” a ser recebido, da sua paixão e morte.

Tiago e João, respondem que podem.

E o Papa comenta: “não se dão conta do que dizem. Jesus preanuncia que eles irão beber o cálice e receberão o batismo, isto é, assim como os outros Apóstolos eles participarão da sua cruz, quando chegar sua hora. Mas, conclui Jesus – “não depende de mim conceder o lugar à minha direita ou à minha esquerda. É para aqueles a quem foi reservado!”. (v.40).

Isto quer dizer, afirma o Papa: agora me sigam e aprendam o caminho do amor “em prejuízo”, e quanto ao prêmio, será o Pai Celeste que lhes dará.

Na conclusão final, Francisco pediu à Virgem Maria, -Aquela que aceitou plenamente e com humildade a vontade de Deus- que nos ajude a seguir com alegria Jesus no caminho do serviço, por amor a Deus o caminho principal que leva ao Céu. (JSG)

(Da Redação Gaudium Press, com informações Vatican News.)

 

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