Gaudium news > Sudário de Turim, mistério empolgante envolve a relíquia

Sudário de Turim, mistério empolgante envolve a relíquia

Redação (Sexta, 16-10-2009, Gaudium Press) Há pouco mais de uma semana o Santo Sudário de Turim voltou a ser tema de polêmica entre os cientistas do mundo inteiro, principalmente na Europa, continente onde se encontra a relíquia e de onde partiu a afirmação do professor da Universidade de Pávia, Luigi Garlaschelli, de que haveria uma prova concreta de que o lençol teria sido confeccionado na Idade Média.

Não é a primeira vez que pesquisadores afirmam a origem medieval do precioso tecido. Para recordar, em 1988, Michael Tite, Edward Hall e Robert Hedges afirmaram terem submetido o Sudário ao teste Carbono 14 e obtido como resultado uma data entre 1260 – 1390. A revelação dividiu a opinião pública e provocou críticas de especialistas do mundo inteiro, a tal ponto que na época o Papa João Paulo II, de gloriosa memória, recebeu um dossiê volumoso, assinado por cientistas de fama mundial, contestando o valor do resultado. A bem da verdade, havia inúmeros motivos que provavam ser impossível submeter o Santo Sudário ao teste Carbono 14, um dos mais gritantes era o tamanho necessário para o teste, algo em torno de um sexto do tecido, sendo que a amostra retirada foi de 1cm x 7cm, dividido em três partes… O próprio criador do teste Carbono 14, Dr. Willard Libby, afirmou ser impraticável usá-lo para datar o Sudário de Turim. E a fim de que não paire nenhuma dúvida sobre o assunto, citamos aqui o livro do Dr. Eurípedes Cardoso de Menezes “O auto-retrato de Jesus (autenticidade intrínseca do Santíssimo Sudário)” onde o autor prova com especial competência que o teste que foi levado a cabo sob a responsabilidade do Dr. Michael Tite não se deu com amostras do Sudário, mas sim com uma capa pluvial de São Luís d’Anjou, cuja data é exatamente do século XIII. Não é à toa que os citados protagonistas do teste exigiram que nenhuma autoridade da Igreja estivesse presente nos laboratórios durante os exames…

Porém o que muita gente não sabe é que o número de provas contrárias ao Sudário não deveria impressionar ninguém, mas, sim, o número a favor, pois é algo simplesmente estonteante. Por ocasião do 4º Centenário da transladação do Santo Sudário para Turim, em 1978, formou-se o STURP (sigla em inglês do Projeto de Estudos do Sudário de Turim), constituído por 40 cientistas voluntários, e de renome. Para seus estudos, utilizaram-se dos mais modernos equipamentos da Nasa. Vale salientar que a maioria deles quando aceitou o trabalho o fez por acreditar que iriam provar a inautenticidade do lençol. Depois de dedicarem 150.000 horas de pesquisas, todos estavam assombrados com o resultado. Sobretudo com o fenômeno dos fenômenos, algo até hoje sem explicação, a obtenção da imagem tridimensional da figura de Cristo morto.

Entre as inúmeras descobertas, A STURP chegou à conclusão que a imagem do Homem do Sudário não é pintura, não há corantes, nem qualquer espécie de tinta. Afirmaram com todas as letras que não há qualquer espécie de fraude. Algumas constatações chegam até a ser hilárias, pois para demonstrar a impossibilidade do lençol ter sido pintado, afirmam que o pincel deveria ter dois metros de cumprimento, ser acompanhado por um microscópio ligado a uma TV colorida e, além do mais, exigiria um micromanipulador hidráulico, entre outras invenções criadas só no século XX.

Evidentemente a pergunta que não quer calar é: Então, como foi formada a imagem de Cristo? A tese mais plausível é de que a figura do homem do Sudário tenha se formado por irradiação. A luz emitida do corpo divino de Cristo Ressuscitado imprimiu, do mesmo modo que uma fotografia, a imagem de Jesus no lençol que o cobria no Sepulcro, formando um verdadeiro negativo. Só nos é possível ver os traços perfeitos que notamos nas fotos do Sudário que circulam pelo mundo graças ao advogado italiano Secondo Pia que, em 1898, depois de fotografar o Sudário, notou que o negativo da foto, na verdade, era um positivo. Agora aqui cabe a pergunta: Como um pintor na Idade Média iria ter a genial idéia de pintar um negativo num lençol se não havia fotografia na época. Depois, a que propósito?

Num mundo onde tantas vezes nos deparamos com situações por onde tentam chocar a ciência contra a fé, temos aí uma irônica realidade: Se você não tem fé para crer na autenticidade do Sudário, então ouça o que diz uma considerável parcela dos cientistas, porque, para eles, o Sudário é autêntico…

 

Deixe seu comentário

Notícias Relacionadas