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Halloween – o que é bom o católico saber

Redação (Quarta-feira, 31-10-2018, Gaudium Press) Há algum tempo iniciou-se (-movida por promotores desconhecidos e, ao mesmo tempo, atuantes-) uma orquestração para promover em todos os países uma comemoração denominada “Halloween”.

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Para alcançar seu objetivo os maestros dessa orquestração fazem de tudo seguindo uma pauta que parece ter sido previamente combinada e que é executada em detalhes:
Eles são insistentes, persistentes e… inoportunos.

Esse modo de atuar para alcançar um objetivo faz lembrar uma frase que o Papa disse em abril de 2014:

“Como o demônio faz para nos afastar do caminho de Jesus? A tentação começa brevemente, mas cresce: sempre cresce. Ela cresce e contagia o outro, é transmitida e tenta ser comunitária. E, finalmente, para tranquilizar a alma, justifica-se. Cresce, contagia e se justifica”.

O que interessa a um católico saber sobre o Halloween

É oportuno que na data em que se incentiva a comemoração da noite do Halloween, 31 de outubro, sejam transmitidas algumas informações que podem ser desconhecida por muitos.

Origem do nome Halloween

No dia 1º de novembro a Igreja Católica celebra a Solenidade de Todos os Santos e as comemorações têm início nas vésperas dessa data, ou seja, no dia 31 de outubro.

É por isso mesmo que no inglês antigo, esse começo de comemoração tinha o nome de “All hallow’s eve”, ou seja, numa tradução literal, “véspera de todos os santos”.

Mais tarde, esta expressão transformou-se em “Halloween”. E assim continua até hoje.

O “Samhein” da religião dos Celtas

Os celtas que ocupavam parte do norte da Europa celebravam, já no século VI antes da Era Cristã, uma festa com características de culto religioso. Era o “Samhein”, também conhecido como “Samom” .
Eles celebravam o fim do verão e das colheitas com a festividade do Sol que era iniciada na noite de 31 de outubro.

A crença destes povos era de que naquela noite o deus da morte permitia que os mortos retornassem à terra, quando, então, criavam um ambiente de terror.

Conforme o ensinamento da religião celta, as almas de alguns defuntos estavam dentro de animais ferozes e podiam ser libertadas com sacrifícios de qualquer espécie, inclusive sacrifícios humanos.

Para os seguidores desta religião, um modo de evitar a maldade dos espíritos malignos, fantasmas e outros monstros era disfarçando-se, camuflando-se, na tentativa de assemelhar-se o mais possível a eles e, assim, passarem despercebidos para os olhares destes espíritos malignos.

Mistura de Cristianismo com superstições da morte

Os povos celtas foram cristianizados, contudo, nem todos renunciaram a seus costumes pagãos.

A coincidência cronológica da festa pagã de “Samhein” com a celebração de todos os Santos, 1º de novembro, e a comemoração dos fiéis defuntos no dia seguinte, 02 novembro, acabou por favorecer um certo sincretismo religioso que misturou cristianismo com as superstições celtas sobre a morte.

O Halloween chegou à América, mais concretamente nos Estados Unidos, na bagagem de alguns irlandeses que lá aportaram. Foi assim que esta comemoração foi introduzida naquele país chegando a fazer parte de seu folclore popular.

Antes de ser difundida por todo o mundo, a esta comemoração foram incluídas outras crenças oriundas da cultura e crenças de outros migrantes, além dos irlandeses.

Assim, naquele país, introduziu-se a crença das bruxas, fantasmas, duendes, Drácula e diversos monstros.

Festa Satânica, aniversário do demônio

Segundo o testemunho de algumas pessoas que praticaram o satanismo e que, convertendo-se abraçaram o cristianismo, o Halloween é considerado entre os satanistas como festa mais importante para os cultos demoníacos.

E esta importância atribuída pelos satanistas vem do fato de que nesta ocasião inicia-se o novo ano satânico e a festa passa a ser considerada como uma espécie de “aniversário do diabo”.

É nesta data que os grupos satânicos sacrificam jovens e especialmente as crianças, por serem eles os preferidos de Deus.

O “inocente”… ‘trick or treat’

É durante as comemorações do Halloween que as crianças e também alguns adultos costumam se disfarçar de seres horríveis, horrendos e asquerosos que vão de casa em casa exigindo “trick or treat”: ou ‘doces ou travessuras’.

A “inocente brincadeira” cria um ambiente onde fica a ideia de que, se não lhes dão alguma guloseima, os visitantes farão uma maldade ao morador do lugar.

Há pessoas que creem que este costume teve seu início ou inspiração na perseguição aos católicos na Inglaterra, quando eles e suas propriedades eram ameaçadas.

E a abóbora?

Existe uma antiga lenda irlandesa que afirma que um homem chamado Jack tinha sido tão mau durante sua vida que, que supostamente não podia nem entrar nem no inferno porque conseguiu enganar o demônio muitas vezes.

Por isso, narra a lenda celta, ele teve que permanecer na terra vagando pelos caminhos, com uma lanterna feita de um legume vazio com um carvão aceso dentro.

Os supersticiosos, para afugentar Jack, colocavam uma lanterna semelhante na janela ou na frente de suas casas.

Quando esta superstição foi espalhada, o legume escolhido para fazer a lanterna passou a ser uma abóbora com buracos que recordam o crânio de uma caveira ou uma bruxa.

Contributo enorme para a propagação do Halloween

Hollywood contribuiu bastante na difusão do Halloween:
projetou-se pelos cinemas de todo o mundo uma uma série de filmes nos quais a violência gráfica e os assassinatos criam no espectador um estado mórbido de angústia e ansiedade.

Uma produção cinematográfica nada cristã e com tudo a ver com o satanismo. e que foram vistos por adultos e crianças, criando nestes últimos o medo e uma ideia errônea da realidade.

O mesmo aconteceu com as máscaras, as fantasias, os doces, as maquiagens, entre outros tantos artigos mórbidos criados e difundidos para fomentar o “consumo do terror”.

Algo que parece ter sido meticulosamente estudado para contrapor e contrariar a difusão do “belo”, do “bom”, do “nobre” tudo para favorecer a imitação de costumes nada cristãos que foram, outrora, introduzidos aos costumes norte-americanos.

E as fantasias?

O Padre Jordi Rivero, um reconhecido apologista que estudou também este assunto, celebrar uma “festa a fantasia” não é intrinsecamente mal, desde que se cuide para que os disfarces e mascaras não sejam contra o pudor, a moral e… o respeito pelas coisas sagradas.

Vale a pena recordar que uma oposição ao Halloween tem crescido nos últimos tempos.

Talvez por isso cresceu há alguns anos uma comemoração alternativa que foi denominada de “Holywins”, ou seja, que pode ser traduzida como “a santidade vence”.

Ela consiste em vestir-se de modo semelhante a uma santa ou santo favorito, participando na noite de 31 de outubro de diversas atividades em paroquias católicas em vários países.

Nesta ocasião são promovidas Missas, vigílias, grupos de oração pelas ruas, adoração eucarística, recitação do rosário, cantos e músicas com a clave de um viés cristão.

Holywins – A Santidade Vence

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Cada vez maiores são os números de comemorações no dia 31 de outubro que difundem uma ideia contrária ao culto à morte e a exaltação de coisas monstruosas ou feias.

São comemorações que trazem consigo aquilo que é próprio dos cristãos celebrar: o triunfo da vida, a promoção da beleza e do bem.

A mensagem que Holywins deseja passar é de que a vida é bela e sua meta é o Céu. Ele afirma também que são muitos os que já chegaram à pátria celeste para a qual todos somos chamados a compartilhar de sua felicidade, pois todos podemos ser santos.

(João Sérgio Guimarães, para a Gaudium Press)

 

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