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"Todos os Santos" e "Finados": recordar quem nos precedeu com o sinal da Fé

Redação (Quinta-feira, 01-11-20189, Gaudium Press) A Igreja reserva o dia primeiro de novembro para a cada ano celebrar a solenidade litúrgica de Todos os Santos.
Nesta ocasião a sabedoria da Igreja propõe aos fiéis a lembrança de todos “os eleitos que se encontram na glória de Deus”, tenham sido eles canonizados oficialmente ou não.

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Todos os Santos

Já no século IV as Igrejas do Oriente iniciaram a promoção de celebrações conjuntas que recordavam e comemoravam todos os Santos. Era recomendado que estas celebrações devessem ser durante as alegrias da Páscoa ou na semana que a seguisse.

No Ocidente a introdução destas celebrações foram feitas um pouco mais tarde. Esta devoção foi introduzida pelo Papa Bonifácio IV ao dedicar à Santíssima Virgem e a todos os mártires o Panteão de Roma, no dia 13 de maio de 610, quando, a partir de então, a comemoração fosse realizada anualmente.

Começou-se, então, pelo mundo afora, a solenidade passou a ser comemorada, ainda em datas diferentes, mas tendo todas as celebrações um conteúdo idêntico.

A data de 1º de novembro foi adotada pela primeira vez na Inglaterra, no século VIII e, aos poucos, espalhou-se pelo império de Carlos Magno que a tornou obrigatória no reino dos Francos no tempo do Rei Luís, o Piedoso, no ano de 835.

Tudo leva a crer que o ato do Imperador Carlos Magno tenha sido o acatamento de um pedido a ele feito pelo Papa Gregório IV (790-844).

Celebração dos Fiéis defuntos

Desde o segundo século, os cristãos tinham iniciado a prática de rezar pelos falecidos.

Era muito comum visitar os túmulos dos mártires e rezar por aqueles que os precederam derramando seu sangue em defesa da Fé.

A Igreja, já no século V, dedicava um dia do ano para rezar por todos os mortos para os quais ninguém rezava e dos quais ninguém se lembrava.

Foi o Abade de Cluny, Santo Odilon, quem determinou pelo final do primeiro milênio, no ano de 998 que, em todos os mosteiros de sua Ordem, na data de 2 de novembro, fosse realizada a evocação de todos os falecidos ‘desde o princípio até ao fim do mundo’.

Pelo século XI os Papas Silvestre II (1009), João XVII (1009) e Leão IX (1015) recomendam a toda a comunidade cristã a dedicar um dia aos mortos.

No século XIII esse dia anual passa a ser comemorado em 2 de novembro, porque 1º de novembro é a Festa de Todos os Santos.
O costume de comemorar os fiéis defuntos se generalizou e foi oficializado por Roma no século XIV.

No século XV a Igreja concedeu aos frades dominicanos de Valência, na Espanha, o privilégio de celebrar três Missas neste dia. Esta prática difundiu-se pelos domínios da Espanha e Portugal e também na Polónia.

Mais recentemente, ainda durante a I Guerra Mundial, o Papa Bento XV, em 1915, generalizou esse privilegio para toda a Igreja.

Doutrina Católica

A doutrina católica evoca algumas passagens bíblicas para fundamentar sua posição: Tobias 12,12; Jó 1,18-20; Mt 12,32 e II Macabeus 12,43-46, e se apóia na tradição de uma prática piedosa já duas vezes milenar. (JSG)

 

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