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Dois amores são inseparáveis, diz Papa: o Amor a Deus e ao próximo

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 05-11-2018, Gaudium Press) Na Alocução feita antes da recitação da oração mariana do Angelus, no domingo, 04/11, o Papa Francisco quis salientar que o amor a Deus e ao próximo são inseparáveis:
“Eles são os dois lados de uma única moeda: vividos juntos, são a verdadeira força do crente”.

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A Audiência Geral deste domingo foi realizada na Praça São Pedro, apesar da intensa chuva que caiu em Roma. A reflexão do Papa foi inspirada no Evangelho de São Marcos e no Livro do Deuteronômio.

Dois amores inseparáveis

“Desta fonte deriva o duplo mandamento para nós:
‘Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração e com toda a tua alma, com toda a tua mente e com toda a tua força. […] amarás o teu próximo como a ti mesmo'”:

Francisco explicou que, “Ao escolher estas duas palavras dirigidas por Deus ao seu povo e colocando-as juntas, Jesus ensinou de uma vez por todas que o amor a Deus e o amor ao próximo são inseparáveis. E mais do que isso, eles se sustentam um ao outro. Mesmo se colocados em sequência, eles são os dois lados de uma única moeda: vividos juntos, eles são a verdadeira força do crente”!

“O nosso Deus é doação sem reservas, é perdão sem limites, é relação que promove e faz crescer. Por isto – observou Francisco – amar a Deus quer dizer investir nossas energias todos os dias para ser seus colaboradores no serviço ao próximo sem reservas, no buscar perdoar sem limites e no cultivar relações de comunhão e de fraternidade”.

O que não é Cristão

“O evangelista Marcos não se preocupa em especificar quem é o próximo, porque o próximo é a pessoa que eu encontro no caminho, nos meus dias”, ensina Francisco:

“Não se trata de pré-selecionar o meu próximo, isto não é cristão! Eu penso que o meu próximo é aquele que eu pré-selecionei. Não, isto não é cristão, é pagão; mas se trata de ter olhos para vê-lo e coração para querer o seu bem. Se nos exercitarmos em ver com o olhar de Jesus, nos colocaremos sempre em escuta e ao lado de quem precisa. As necessidades do próximo exigem certamente respostas eficazes, mas antes ainda elas pedem compartilhamento”.

Proximidade fraterna: uma necessidade para além de uma “estação de serviço”

Francisco ainda disse que o faminto necessita não só de um prato de comida, mas de um sorriso, de ser ouvido e também de uma oração:

“O Evangelho de hoje convida todos nós a sermos projetados não somente para as urgências dos irmãos mais pobres, mas sobretudo a estarmos atentos às suas necessidades de proximidade fraterna, de sentido da vida e da ternura.

Isso interpela nossas comunidades cristãs: trata-se de evitar o risco de ser comunidades que vivem de muitas iniciativas, mas de poucas relações; o risco de comunidade “estações de serviço”, mas de pouca companhia, no sentido pleno e cristão deste termo”.

Uma grande ilusão

“Seria ilusório pretender amar o próximo sem amar a Deus. E, da mesma forma seria ilusório pretender amar a Deus sem amar o próximo.

As duas dimensões do amor, para Deus e para o próximo, em sua unidade, caracterizam o discípulo de Cristo.
Que a Virgem Maria nos ajude a acolher e testemunhar na vida de cada dia este ensinamento luminoso”. (JSG)

(Da Redação Gaudium Press, com inforlmações Vatican News)

 

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