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Dois políticos ruandeses condenados por massacre a templo católico em 1994

Paris – França (Quinta-feira, 14-07-2016, Gaudium Press) Dois políticos de Ruanda foram finalmente condenados como culpados de ordenar um terrível massacre ocorrido no ano de 1994 a um templo católico. Ao serem tidos como culpados das “execuções sumárias massivas e sistemáticas” de duas mil pessoas que se refugiavam na paróquia da Vila de Kabarondo, Octavien Ngenzi e Tito Barahira foram condenados à prisão perpétua por uma Corte francesa.

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A paróquia da Vila de Kabarondo foi empregada como refúgio por duas mil pessoas e os dois ex-prefeitos da localidade orquestraram o ataque ao templo e a subsequente execução dos civis no início de uma onda de terror que durou três meses. Os políticos que lideraram o genocídio em sua localidade foram julgados por crimes contra a humanidade. Uma das testemunhas-chave sobreviveu ao ataque contra o templo, no qual perdeu seu esposo e seus sete filhos.

O comovente relato da mãe, Marie Mukamunana, incluiu a fria decisão dos atacantes de empregar armas brancas para não “desperdiçar as balas” nos civis e identificou a Barahira entre os atacantes armados e a Ngenzi como a pessoa que “supervisionava o massacre”. Os políticos haviam fugido do país para evadir a justiça de Ruanda e foram presos em território francês.

O genocídio de Ruanda ocorreu nos meses de abril a julho de 1994 pelas mãos das milícias da etnia Hutu contra os povos da etnia Tutsi. Calcula-se que mais de 800 mil pessoas foram assassinadas nesse período. (GPE/EPC)

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