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Arcebispo de Santiago de Compostela pede não limitar a religião à esfera privada

Santiago de Compostela – Espanha (Terça-feira, 26-07-2016, Gaudium Press) O Arcebispo de Compostela, Espanha, Dom Julián Barrio, presidiu na Catedral de Santiago os atos litúrgicos da Solenidade do Apóstolo no dia 24 de julho e pediu aos presentes “revitalizar a tradição cristã e viver os valores autênticos que tem dado sentido à nossa vida”. Assegurou também que a pretensão de reduzir a religião à esfera privada é contrária aos princípios de “uma sociedade verdadeiramente democrática”.

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O prelado recordou a importância da liberdade religiosa, que “requer a ausência de todo tipo de coação” seja do estado ou de particulares e solicitou que na Espanha “não se obrigue a ninguém a atuar contra sua consciência nem seja impedido de atuar conforme ela, pública ou privadamente, sozinho ou associado com outros, dentro dos limites devidos”.

Dom Barrio relacionou os males e crises que afligem na atualidade a Espanha e a Europa com a “perda da memória e da herança cristãs, unidas a uma espécie de agnosticismo prático e de indiferença religiosa” que ocasionou que muitos europeus vivam sem uma base espiritual e “como herdeiros que desperdiçaram o patrimônio recebido ao longo da história”. O prelado lamentou a crescente dificuldade dos crentes para dar testemunho quando “o projeto de vida cristã se vê continuamente desdenhado e ameaçado”.

O Arcebispo pediu “revitalizar a tradição cristã e viver os valores autênticos”, nos quais se encontra a resposta para retornar ao respeito das pessoas que sofrem e a uma vida coerente com o Evangelho à altura das exigências do momento atual. “As inesgotáveis fontes do progresso humano são o culto a Deus, a caridade e a misericórdia com o próximo”, indicou, por quanto criticou aos que pretendem erradicar a Fé da dimensão pública da sociedade. Esta corrente impede a autêntica defesa da dignidade humana deixando aos mais vulneráveis (como os não nascidos e os anciãos) como “vítimas de qualquer tipo de violência”.

“A lógica do poder tem mudado pela do serviço, a de posse pela do dom, a do interesse pessoal pela da gratidão”, concluiu o prelado. “Não esqueçamos que o encontro e a acolhida do outro se entrecruzam com o encontro e a acolhida de Deus”. (GPE/EPC)

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