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Salesianos celebram seus 120 anos no Paraguai

Assunção – Paraguai (Quinta-feira, 28-07-2016, Gaudium Press) É inegável que a Obra Salesiana fundada por São João Bosco está espalhada pelo mundo inteiro. Há pouco tempo, no dia 23 de julho, foram comemorados os 120 anos da presença da Congregação no Paraguai; uma obra iniciada graças ao impulso de Dom Luis Lasagna, que foi aluno do santo italiano.

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“O Paraguai é a terra suspirada por muitos corações salesianos e é o lugar no qual, sem dúvida, se abrirá o campo mais vasto ao zelo e laboriosidade da Congregação”, escrevia Lasagna em 1894 a São Miguel de Rua, primeiro sucessor de Dom Bosco.

Um sonho que tristemente não pode ver o Bispo Lasagna em seu desejo de participar na primeira expedição dos salesianos no Paraguai, já que perdeu sua vida no dia 06 de novembro de 1895 durante um acidente ferroviário em Juiz de Fora, Estado de Minas Gerais, Brasil.

Mas estes projetos não morreram com ele. No dia 23 de julho de 1896 chegou ao país a primeira expedição salesiana constituída por quatro salesianos: os Padres José Gamba, Inspetor; Ambrosio Turriccoa, Diretor; Domingo Queirolo, sacerdote do Uruguai; e o jovem acólito Pedro Foglio, que posteriormente se fez sacerdote. Também lhes acompanhou o Irmão coadjutor Carlos Dugnani. A eles o governo entregou um local para iniciar a Escola de Artes e Ofícios, que chamaram Colégio “Dom Lasagna”, em homenagem ao idealizador desta primeira expedição.

“Seus religiosos, os salesianos, foram acolhidos afetuosamente pelo povo e pelas autoridades eclesiásticas e nacionais, abriram os primeiros sulcos no campo fecundo e cada vez mais vasto do mundo juvenil”, dizem no artigo publicado pelos Salesianos no Paraguai.

Sobre a dita expedição se referiu também Dom Miguel de Rua em 1897: “A custa de grandes sacrifícios quisemos cumprir, ao menos em partes, os ardentes votos de Dom Luis Lasagna, enviando alguns salesianos à Assunção, capital do Paraguai”.

Justamente o colégio, a primeira obra salesiana fundada no Paraguai, serviu de hospital durante a Guerra del Chaco que ocorreu entre os anos 1932 e 1935. Por aquele então, como relata a agência de informação salesiana ANS, os oficiais e soldados levavam em seu peito uma medalha de Maria Auxiliadora repartidas pelos mesmos salesianos. Daí que a Auxiliadora tenha sido proclamada como “Padroeira do Exército Vitorioso del Chaco”.

Três eram os objetivos de Dom Lasagna com a presença salesiana no Paraguai, como o descreve ANS em nota à imprensa: buscar um candidato paraguaio para o único bispado, organizar as missões para os indígenas do Chaco paraguaio e fundar um colégio de Artes e Ofícios em Assunção para a juventude vulnerável.

São 120 anos de trabalho salesiano no país, que continuam dando frutos, especialmente dentro da juventude, que é a razão de ser do carisma de Dom Bosco.

“A centenária tarefa iniciada pelos primeiros salesianos, com as bênçãos de Deus e Maria Auxiliadora, produziu e seguirá produzindo incontáveis frutos de bem no transcurso do tempo (…) Hoje, toda a Família Salesiana continua vigorosa e dinamicamente ativa nos distintos pontos da geografia paraguaia, graças ao caminho aberto por Dom Lasagna, que foi ‘o melhor representante do gênio de Dom Bosco nestas nações encomendadas a ele'”, dizem os salesianos do Paraguai. (GPE/EPC)

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